Duas grandes penalidades a favor do Sporting por marcar e dois vermelhos - um para cada lado - por mostrar. O balanço da análise à arbitragem de Carlos Xistra no jogo deste sábado é negativa.
Esteve mal, muito mal em alguns lances e foi também mal auxiliado pelo vídeoárbitro. Esta é a análise global dos especialistas à arbitragem conduzida por Carlos Xistra na noite de sábado em Alvalade, num jogo muito intenso e disputado que terminou com o marcador a zeros.
A marcar esta arbitragem "infeliz", nas palavras de Duarte Gomes, estão essencialmente quatro lances. Dois que dariam lugar à marcação de penálti e dois que deviam ter resultado em expulsão.
Rúben Dias em dois lances para penálti
Os penáltis a que o ex-árbitro internacional se refere envolvem Rúben Dias por contactos de “intensidade excessiva” com jogadores do Sporting no coração da grande área.
O primeiro envolveu Mathieu, aos 15 minutos. O central do Benfica usou a mão sobre o ombro do central do Sporting e ainda levantou o pé à altura da cara do jogador.
O segundo lance, refere-se a uma carga de Rúben Dias sobre as costas de Bas Dost impedindo o avançado de saltar.
Não são grandes penalidades “de preto no branco, mas suficientes para poderem desequilibrar e derrubar os adversários”, escreve Duarte Gomes. Assinalá-los faria ainda mais sentido seguindo o critério do próprio árbitro em lances em que marcou falta atacante por contactos de intensidade menor.
Dois lances violentos que deviam ter dado vermelho
Rúben Dias volta a estar envolvido num lance que para Duarte Gomes seria de expulsão clara, quando já ao cair do pano (84’) deixou Gelson Martins no chão depois de o atingir com o cotovelo de forma ostensiva no rosto. Neste caso, garante Duarte Gomes, o videoárbitro "era obrigatório", mas não interveio.
A segunda expulsão teria lugar pouco depois. Bruno Fernandes deu um verdadeiro pontapé na perna de Cervi, “de forma despropositada e violenta. Lance passível de vermelho direto" e que também justificava a entrada em ação do VAR, na opinião do especialista.
Em resumo, “noite infeliz de um bom árbitro, em partida em que ninguém quis ajudar”.
Analistas do "Record" também dão nota negativa
Como Duarte Gomes, Jorge Faustino e Marco Ferreira estão de acordo com a decisão do árbitro de não punir um lance a envolver Rui Patrício e Rafa logo aos oito minutos. O choque era inevitável, mas não foi faltoso.
Defendem que devia ter sido exibido o vermelho a Rúben Dias e a Bruno Fernandes aos 90 minutos, lembrando Marco Ferreira que o jogador não tinha qualquer hipótese de jogar a bola.
Quanto às grandes penalidades que terão ficado por assinalar em dois lances que envolveram Rúben Dias, Jorge Faustino concorda com Duarte Gomes e considera que ambos deviam ter dado lugar à marcação de penálti, apesar de, sobretudo o primeiro, ser de difícil análise in loco.
Marco Ferreira aceita a decisão do árbitro nos dois casos.
Critério largo, frágil no capítulo disciplinar e mal auxiliado pelo VAR, resumem os analistas.
"Tribunal" com mão pesada
O “Tribunal d’Jogo” é o mais cáustico na análise: “arbitragem catastrófica”, escreveu José Leirós; Jorge Coroado apontou falta de coragem ao juiz da partida e Fortunato Azevedo também considerou o trabalho de Xistra globalmente “sem classe e sem coragem”.
Os três concordam que deviam ter sido assinaladas grandes penalidades por falta de Rúben Dias aos minutos 15’ e 56’; e que o vermelho devia ter sido mostrado a Rúben Dias no lance em que atingiu Gelson Martins na cara com o cotovelo.
No caso da falta de Bruno Fernandes sobre Cervi, Coroado é o único a achar que o que há a apontar ao médio leonino é ter sido “objetivo no derrube”, aceitando a advertência com cartão amarelo.
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