terça-feira, 30 de abril de 2019

A azia dos portistas



A azia de alguns sócios e simpatizantes do FC Porto com os últimos resultados, associada a uma possível crise que aí vem - possíveis saídas de Herrera e de Brahimi a custo zero, a de Militão já consumada e a de Marega, conforme prometido ao atleta pela 'SAD' portista, promete um final de época de loucos. Mas há mais saídas a serem anunciadas para breve…!

Virá então aí uma revolução no plantel como a que Artur Jorge efectuou em 1989?!... 

Enfim,...a suspeição, a frustração e até alguma resignação associada, que reina no seio da massa adepta do FC Porto é indisfarçável. 

Daí o multiplicar de diagnósticos e o enumerar de receitas que, de um modo geral, têm todas um denominador comum: é preciso mudar pessoas! 

Desde logo, alguns dirigentes da 'SAD' portista com Fernando Gomes à cabeça.

O menino que sabe de mais


Jorge Valdano conta que Manuel Sanchis, capitão do Real Madrid da famosa Quinta do Buitre, costumava adormecer nas viagens entre os hotéis e os estádios. Certa tarde, depois de cumprido o ritual, acordou sobressaltado e perguntou ao companheiro mais próximo "onde é que vamos jogar hoje?". O trajeto estava prestes a concluir-se e o autocarro encontrava-se próximo do destino. O sono apagara-lhe da memória que o adversário era ‘só’ o Barcelona e aquele ambiente hostil nas imediações de Camp Nou era o prenúncio de um duelo que é o despique entre duas fações extremadas do mesmo país.

Vale este relato para relevar o entendimento que certos jogadores têm do futebol. Essa abstração também pode afetar Florentino Luís, para quem o jogo está num patamar superior em relação a toda e qualquer importância para lá das quatro linhas: não há duelos grandes ou pequenos, com mais ou menos pressão, seja com o campeão europeu ou com uma equipa amadora. O jogo é sempre o mesmo, o papel não muda e ele cumpre o que lhe está consignado com o escrúpulo de funcionário a quem não é preciso dizer o que deve fazer. É um aluno tão inteligente e com disco rígido tão preenchido que, mesmo sob avaliação, revela o saber de um professor universitário.

Florentino é a essência do jogo porque, no território onde muito se define pelo sentido estratégico, não comete erros; é prodigioso no que concebe e executa; perfeito no modo como se impõe com argumentos táticos esplendorosos e um entendimento surpreendente da função. Não é normal que um miúdo com tão tenra idade tenha uma leitura tão rápida e correta do que se passa à volta; que chegue constantemente aos factos centésimos de segundo antes de ocorrerem; que seja tão limpo nos desarmes e nas intenções; que ataque quando está a defender e defenda quando está a atacar. É impressionante a facilidade com que interceta linhas de passe, decifra intenções alheias, antecipa movimentos, rouba a bola e vai à vida dele. É um mestre precoce, mesmo não sendo ainda um projeto concluído, como foi notório no jogo de Braga.

Ninguém acredita que seja ele, um miúdo sem barba na cara e expressão de quem acabou de sair da escola primária, a entender e dominar todos os princípios de uma tarefa com elevada complexidade e que, pela tremenda exigência que encerra, está interdita a menores. Florentino é um fenómeno porque já aprendeu quase tudo sobre o jogo; comanda em silêncio a manobra de uma ampla sequência de combinações e movimentos coletivos; deixa os outros de boca aberta pelas sucessivas aulas de gestão e administração futebolística que leciona como se fosse a enciclopédia de uma ciência inconsciente também baseada no instinto, que lhe permite zelar por equilíbrio e segurança. Nunca reclama protagonismo, tem apurado sentido de responsabilidade e funciona como operação de somar constante.

Os jovens costumam ser mais vulneráveis aos tremores da competição; não interpretam com total rigor o sentido de representação do símbolo que trazem ao peito, nem se comportam segundo as regras que envolvem o espetáculo. Florentino é um daqueles maravilhosos irresponsáveis que abordam tudo o que está subjacente às grandes batalhas como veterano que não fez outra coisa durante uma longa carreira. É simplesmente escandaloso que, aos 19 anos, revele o conhecimento, a serenidade, a eficácia e a regularidade de quem já descobriu, por ele próprio, todos os segredos do futebol, com especial incidência na sua natureza de desporto coletivo. Pelo caminho vai aperfeiçoando o entendimento do ofício que outros, mais velhos e experientes, jamais dominaram com tanta coerência. O tempo transformá-lo-á num jogador universal, craque planetário que, em breve, será dos melhores e mais completos médios-centro do futebol mundial.

Sérgio Conceição
com crédito total
O ambiente aqueceu depois do surpreendente empate com o Rio Ave
Sérgio Conceição sabe tudo quanto precisa sobre o FC Porto, seus fundamentos e orientação como clube; sobre os adeptos, seus princípios emocionais e comportamento. A equipa tropeçou em Vila do Conde, a nação azul e branca agitou-se, protestou com veemência e pôs em causa uma série de coisas. Mas ilibou, do presidente ao simpatizante mais insignificante, o treinador. O crédito é total e intocável. Claro.

Bruno Fernandes
é um espetáculo
Os grandes jogadores exercem peso esmagador nos jogos em que participam
Bruno Fernandes é o melhor futebolista da Liga, mesmo agora que lhe tem faltado o fogo-de-artifício dos golos. Vê-lo ao vivo é um espetáculo sublime, porque domina tudo e todos: os companheiros que o seguem, os adversários que o temem e os árbitros, que ele trata como se fossem seus empregados, que não reagem às recriminações mas tendem a mostrar que, decidindo ao contrário, até estão de acordo com ele. 

Árbitro que é
um caso perdido
Como foi possível Rui Costa não ter visto a falta de Acuña sobre Rochinha?
O VAR, a sua natureza, os seus protocolos e a sua utilidade na defesa da verdade desportiva, tem funcionado como álibi para árbitros que, errando, o aproveitam para sacudir água do capote. No Sporting-V. Guimarães, por exemplo, correu tudo bem. Mas o resultado foi catastrófico. É o que sucede quando uma boa ferramenta presta auxílio a um árbitro leve, presunçoso e incompetente. Rui Costa é um caso perdido.
Artigo de opinião de Rui Dias no Jornal Record
https://www.record.pt/opiniao/cronistas/rui-dias/detalhe/o-menino-que-sabe-de-mais?ref=Opini%C3%A3o_DestaquesPrincipais

De manhã começa o dia a foder os lampiões?!

Se tivesse vindo de uma das claques do Sporting, até não me 'melindrava'. Já espero tudo dessa gente das claques, são todas iguais, desde o som do very light entoado pelas claques afectas ao Benfica, dirigidas ao Sporting, ao cântico da claque do FC Porto, sobre a chapecoense e dirigida ao Benfica e, muitos outros cânticos, é tudo a mesma podridão. 

Agora, os jogadores de futsal do Sporting, com os filhos ao colo, a seguirem a cartilha do speaker, é lamentável! 

Tudo isto se passou no palco onde estavam os atletas comemorando o merecido título europeu. 

Aguardo pelo comentário do presidente Frederico Varandas, aposto que vai falar sobre isto. 


Uma coisa são as claques dos nossos clubes com os energúmenos do costume (infelizmente), outra bem diferente, são atletas profissionais a darem um exemplo destes.


 

Transtornos e ingratidões



Os últimos dias confirmaram que, em Portugal, é muito difícil e fatigante encontrar racionalidade, retidão e até juízo quando o assunto é futebol. Esta sanha rancorosa observou-se, por exemplo, quando mentes atormentadas pelo insucesso gastaram tempo, espaço e antena a questionar a honradez e a nobreza de treinadores e presidentes apenas porque estes, imagine-se, trocaram cumprimentos cordiais com os seus análogos de clubes que nesse dia eram seus adversários. 

Provavelmente, o cúmulo desta animosidade absurda foi ver (e eu vi-o "in loco") um líder de uma claque insurgir-se furiosamente contra os seus submissos correligionários apenas porque estes dedicaram palmas de conforto aos jogadores e treinadores da sua própria equipa (que, coisa rara e audaz, tinham propositadamente procurado a sua confinidade para arcar com a culpa de um resultado desportivo que se havia tornado abruptamente negativo), isto enquanto arremessava o megafone e as suas próprias vestes na direção da equipa, num striptease colérico e num transtorno de ansiedade que só os especialistas na matéria poderão qualificar. 

É futebol, dir-me-ão, como se esta sanha descontrolada tivesse de merecer a mesma aceitação que os atos bárbaros recolhiam no Coliseu da Roma Antiga.
Não é a mais perigosa, mas uma das consequências desta fúria absurda e barulhenta (protagonizada habitualmente por quem só consegue olhar para o jogo com cólera e desespero) é o contágio que ela provoca junto daqueles que normalmente até são mais racionais e justos. 

E, como tantas vezes acontece, até é muito provável que tenha contribuído para contaminação de uma parcela de adeptos do FC Porto que passou, num ápice, a desmerecer os méritos e as qualificações de Sérgio Conceição. Ora, este mimetismo acabou por contribuir para a profunda ingratidão de que está a ser alvo um técnico que ainda há poucos meses merecia quase a unanimidade e que foi determinante para que o clube ultrapassasse um dos piores ciclos da sua história recente, ajudando a eliminar os focos de contestação a uma administração que nunca se vira tão visada na sua gestão. 

É, de resto, em resultado de todo este contexto que deve ser entendido o seu dramático desabafo de poder fazer as malas e sair pelo seu próprio pé se o FC Porto "não ganhar". Isto apesar de ter renovado, em março, até 2021.

Sérgio Conceição não está, claro, acima da crítica. E até é possível questionar uma ou outra das suas opções, à frente de todas provavelmente o "onze" que escolheu para receber o Benfica no Dragão. Mas, mesmo aí, ter-se-á de levar em conta que foi essa gestão que permitiu que Militão, Danilo, Otávio e Soares se apresentassem fresquinhos e nas melhores condições para ajudaram, quatro dias depois, a dar a volta à eliminatória frente à Roma. 

E ninguém pode desmerecer os quase 80 milhões de euros (sem contar com as verbas referentes ao Market Pool e à bilhética) que, só este ano, Sérgio Conceição garantiu na Liga dos Campeões, primordiais num clube sob o crivo do fair play financeiro da UEFA (e foi, recorde-se, à conta disso que o FC Porto só pode inscrever 22 jogadores).

Mas se este é um debate que até o próprio Conceição terá de admitir, outra coisa é querer responsabilizá-lo falaciosamente por tudo e por nada, incluindo substituições casuístas. Em Vila do Conde, vi Brahimi fazer 45 minutos iniciais de grande qualidade, mas também vi a forma desgastada como o argelino se vinha exibindo no segundo tempo, falhando passes e definições de forma consecutiva. E foi ainda antes de ele ser substituído que o Rio Ave desperdiçou três aproximações perigosas à baliza de Casillas, uma das quais levou a bola à trave. 

A verdade é que esta variação de julgamento é muito típica do nosso circo futebolístico, onde só os campeões são normalmente elogiados pela sua aptidões e habilidades, como se todos os restantes não passassem de meros inábeis e desqualificados. O próprio Bruno Lage, que está perto de levar o Benfica à reconquista do título em resultado do trabalho assombroso que vem efetuando, também já terá percebido que isso não o salvará de julgamento injustos se tiver um momento de menor inspiração ou de infelicidade. 

Os responsáveis portistas, segundo noticiou o Record, não estão dispostos a alinhar neste desmemoriar tão mal-agradecido. Também era o que faltava deixarem cair um treinador que lhes recuperou e valorizou um conjunto de jogadores desacreditados e discutidos, que impôs um modelo de jogo competitivo e progressista e que, last but not least, evitou o primeiro "penta" do Benfica. E isso terá de valer e pesar mais independentemente do que se passe até 25 de maio. A menos, claro, que o próprio Sérgio Conceição pense diferente.
 

Cinco estrelas - O glutão Messi

Em 15 temporadas no futebol espanhol, Messi venceu 10 ligas, ficando apenas a duas do recorde de Gento. Ele e o sensato Valverde foram a base do sucesso de um Barcelona que foi líder em 31 das 35 jornadas disputadas e que ganhou oito dos últimos 11 títulos.

Quatro estrelas - Aproveitar o talento jovem

A histórica conquista da Youth League pelo FC Porto (depois de bater sucessivamente Tottenham, Midtjylland, Hoffenheim e Chelsea) devia fazer repensar quem dirige muitos dos nossos clubes. Estas gerações, incluindo as que têm brilhado nas diferentes seleções jovens, merecem verdadeiras oportunidades.

Três estrelas - Futsal pintado a verde

O título de campeão da Europa de futsal conquistado pelo Sporting no Cazaquistão, após três finais perdidas, é principalmente um prémio para a obstinação do dirigente Miguel Albuquerque e para a dedicação e sagacidade do técnico Nuno Dias. 

Duas estrelas - A escolha de Van Dijk

Van Dijk é um central estupendo e foi considerado o melhor jogador da Premier League, uma escolha discutível quando os restantes principais candidatos eram Sterling (que ficou com o prémio para o jogador jovem) e Bernardo Silva (que teve de se contentar com a presença no melhor "11"). 

Uma estrela - Neymar afunda-se

Em 24 horas, Neymar foi castigado pela UEFA por insultar um árbitro e agrediu um adepto que o invetivava após o PSG perder a final da Taça de França frente ao Rennes (após estar a vencer por 2-0). O brasileiro, que chegou a parecer o herdeiro de Messi e CR7, move-se em areias cada vez mais movediças.
Artigo de opinião de Bruno Prata no Jornal Record

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Parabéns à rapaziada do Sporting e do FC Porto

Clique no play e entre no site da UEFA para assistir ao resumos:


 

E quem tem cú...

Sempre ouvi dizer - quem tem cú...tem medo. 

Esta frase adapta-se perfeitamente ao macaco Fernando Madureira e à sua possível nova conquista. Pelo menos, por parte dela (e) a coisa promete. 


domingo, 28 de abril de 2019

A reconquista está ali ao virar da esquina

Enganei-me e ainda bem para a nação benfiquista. Disse nos últimos dias que não acreditava que o Benfica conseguisse os três pontos na pedreira. 'Vá lá' que, aos 61 minutos, Tiago Martins não exibiu o segundo amarelo a João Félix e, provavelmente, estávamos aqui analisando outro jogo. O VAR aí não pode intervir e nem Tiago Martins nem o assistente daquele lado vislumbrou o pisão do João Félix.

Ninguém sabe o que poderia acontecer, até poderia ser o mesmo resultado do final ou vice-versa. 

A polémica já 'anda' por aí e vinda de quem? Da 'armada portista', claro está, a equipa mais beneficiada com erros de arbitragem nesta temporada. 

Adiante, o Benfica jogou poucachinho na primeira parte mas na segunda parte melhorou e conseguiu com todo o mérito os três pontos conquistados. 

Agora, é ter juízo que a 'reconquista' está ali ao virar da esquina. 


sábado, 27 de abril de 2019

Esta tarde em Alvalade

Rui Santos chama 'bêbado' a Miguel Sousa Tavares?!

Está instalada a polémica entre Rui Santos e Miguel Sousa Tavares.

Em baixo, os artigos em questão publicados no jornal Record e no jornal «A Bola».

O que me deixa na dúvida sobre o título deste post, está nos 'sublinhados do artigo de Rui Santos.

 
(imagem da minha responsabilidade e... retirada do google)

excerto do artigo de MST
Não é coisa que eu faça muitas vezes, mas no outro dia dei-me ao esforço de assistir a parte do programa do Rui Santos na SIC. E fiquei sinceramente convencido que o rapaz deve ter sido assustado por uma daquelas claques que não existem, de tal maneira ele jorrava um benfiquismo por todos os poros, cuja fonte não lhe conhecia. 

Primeiro, fazendo o saldo da jornada e as suas contas reais ao campeonato após o controverso Feirense-Benfica, concluiu que o Benfica levava 10 pontos a menos do que devia relativamente ao FC Porto. Ora, como três dias antes o vira falar em 7 pontos, deduzi que, não só achara limpinha, limpinha a vitória do Benfica na Feira, como achara que o Porto deveria ter perdido 3 pontos na sua pacífica vitória de 2-0 sobre o Boavista: notável! Mas o melhor estava para vir : Rui Santos propôs-se demonstrar, com recurso a tecnologia 3D, e graças a «um trabalho que durou quatro horas», que  o golo anulado ao Feirense (e que seria o 2-0), foi mesmo off-side. Um esforço destes, nem a BTV! 

E, então, foi assim: a tal câmara virtual de Rui Santos sacou uma madeixa de cabelo ou a ponta do nariz de um jogador do Feirense metido na barreira do Benfica e adiantada a esta, a uns dez metros da baliza, no momento em que o livre lateral é batido. Então este jogador vai cabecear a bola e marcar golo, vindo de off-side, pensei eu? 

Não, o jogador não toca na bola. Mas está off-side porque, explica o mestre, é aquele jogador, exactamente, que juntamente com mais uns seis ou sete de ambas as equipas que correm para a baliza, quem vai obstruir a visão do guarda-redes impedindo-o de ver a bola - que, todavia, não vem daquela direcção, mas de um ângulo lateral de 45 graus. 

E o juiz-de-linha - que não tem de todo a visão do lance do guarda-redes, mas já tinha tido a genial visão de descortinar a madeixa do jogador do Feirense em off-side - vai concluir que, no meio da molhada é aquele mesmo que obstrói a visão de Vlachodimos, que está a olhar para outro lado. Fiquei estarrecido. 

E mais ainda porque antes tinha ouvido Rui Santos fazer uma longa e didáctica prédica sobre os malefícios do «futebol televisivo». E com este, se não me engano, já lá vão três golos anulados a adversários do Benfica por obstrução visual ao seu guarda-redes. Quantos mais pontos é que isso dará nas contas reais?

excerto do artigo de RS

NOTA (sobre "JORRAR BENFIQUISMO") - Quando me chamaram a atenção para um envinagrado naco de prosa do Miguel S. Tavares, publicado n'A Bola' de 17/4 , já eu tinha escrito o meu artigo publicado neste jornal faz hoje uma semana. Diz que se deu ao esforço de me telever (podias ser mais original) e se convenceu de que eu deveria ter sido acossado ou 'assustado' (sic) "por uma daquelas claques que não existem" [referindo-se naturalmente às do Benfica].

Não sei a que horas o Miguel possa ter escrito aquele naco de prosa, mas ele - o naco - tinha todo o ar de ter sido confeccionado tardiamente em vinha-d'alhos, portanto com colorau, banha, vinho branco e vinagre. Só assim se pode justificar a azia e as palavras ácidas e figadais do Miguel. Diz ele que (eu) "jorrava um benfiquismo por todos os poros". Um dos teus problemas, entre outros, caro Miguel, sem me querer aventurar em corredores mais salgados, é que estás sempre a ver magotes a 'jorrar benfiquismo' por todos os lados. Sabes bem - não o ignores - que o mar, para mim, poder ser vermelho, verde ou azul. Não me impressiona nada. Os mares às vezes são navegáveis; outras vezes, não - e isso não tem nada a ver com questões cromáticas. Infelizmente, o futebol português está metido num buraco negro e os chamados 'clubes dominantes' têm todos muitas responsabilidades nisso. O avistamento do Miguel tinha a ver com o facto de a Liga Real assinalar benefícios ao FC Porto de 10 pontos (considerando a contabilidade dos penáltis), o que não é, reconheço, uma coisa muito simpática. Mas o Miguel, que às vezes parece mais do clube dos roxos do que dos azuis, ignora que essa contabilidade, noutras épocas, já deu conta de prejuízos do FC Porto e ignora olimpicamente a minha apreciação sobre a 'benfiquização do sistema' que o clube do Dragão está agora a tentar contrariar. Portanto, meu caro Miguel, eu sei que gostas muito de ir à caça de uma boa polémica, mas neste caso, o produto da tua caçada não vai além de uma… codorniz. Isto para dizer que te considero muito em quase todas as áreas, menos na do futebol. Comparas muitas vezes javalis a galinholas e nisso estou com o… Herrera. Não me leves a mal. O 'rapaz' é muito jovem.

Os números de Abel com FC Porto e Benfica



Amanhã há jogo grande em Braga e parece-me que será na pedreira que o Benfica começará a entregar o campeonato ao FC Porto. 

Digo isto porque, vejo o Benfica marcar muitos golos, vai dando para vencer jogos mas sofre demasiados golos. Os melhores ataques ganham jogos, as melhores defesas ganham campeonatos.
 
Já o tinha dito neste espaço há uns tempos atrás e, não foi o empate de ontem do FC Porto em Vila do Conde que me fez mudar de ideias. É a minha opinião, vale o que vale.

Em relação à clubite aguda e ao fanatismo exacerbado que por aí anda, é bom lembrar os números do treinador Abel Ferreira (upss, Prof. Abel😡) com os actuais candidatos ao título.

A estatística é amplamente desfavorável para o treinador nascido em Penafiel ao 'leme' dos bracarenses:

Com o Benfica - um empate e três derrotas! 
Com o FC Porto - um empate e cinco derrotas!

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Uma vergonha o árbitro do Braga - Benfica



Esta nomeação é uma autêntica vergonha. Depois não querem que não haja polémica quando são os próprios dirigentes da arbitragem, com Fontelas Gomes à cabeça, a complicar a 'coisa'. 

Tiago Martins, entre outras proezas, conseguiu estar ligado a uma das maiores vergonhas deste campeonato e, em Braga, mesmo! 
Prejudicado: O Rio Ave! 
Beneficiado: O Braga! 

Não dá para entender como é que este árbitro é nomeado novamente para um jogo que envolve o Braga e no mesmo estádio. 

As expulsões de elementos bracarenses foi para inglês ver, apenas e só, para compensar o enorme erro de não assinalar nos últimos minutos um penalty a favor do Rio Ave.

Duas finais épicas da Champions League...

...recordadas em veteranos (último vídeo) há poucas semanas com alguns dos mesmos protagonistas. 
Gostei em especial do último vídeo - quem sabe nunca esquece.



 



quarta-feira, 24 de abril de 2019

AMANTES

As cronicas do Gonçalo Guimarães no Jornal «A Bola» são deliciosas. Aqui fica mais uma:
1. Nenhum benfiquista terá gostado de ver o Benfica eliminado como foi, mas vou ser claro: a Liga Europa é desinteressante, desprezada pela UEFA (nem VAR...) e não dá prestígio nem dinheiro a sério. É carne picada.

2. Os pormenores da auditoria forense às contas do Sporting na gestão de BdC foram revelados a 10 de abril, mesmo dia em que foi divulgada a primeira fotografia de sempre de um buraco negro. Coincidências.

3. A expansão do Caixa Futebol Campus é tal que qualquer dia é preciso passar pelas cancelas do centro de estágio das águias para ir ao Seixal.

4. Sporting em 2019/2020: construir uma equipa à volta de Bruno Fernandes ou à custa de Bruno Fernandes?

5. Um amigo perguntou-me porque é que sendo eu jornalista desportivo não vejo blogues, fóruns, redes sociais e programas de TV de stand up rage. Simples. Se quisesse lidar com doentes tinha ido para médico.

6. Mais: prefiro mil vezes ouvir Samaris a falar português com ponderação do que portugueses a falar grego em tom exaltado.

7. «Nadal não é um tenista, é uma pessoa lesionada que joga ténis», disse o ex-treinador do espanhol. Acho o mesmo de Jackson Martínez mas prefiro chamar-lhe poema futebolístico.

8. Guardiola gastou (até agora) 812 milhões de euros entre Bayern e Man. City e não conseguiu ganhar a Champions. Uma excelente notícia para os românticos do futebol. Isso e o Ajax.

9. Além de ter poupado jogadores, o Marítimo poupou na estadia no relvado da Luz. Percebo Petit e elogio a sua sinceridade, mas a mensagem é perversa e o resultado catastrófico.

10. Nomeações dos árbitros devem ser logo tornadas públicas. Vamos parar de escondê-los como se fossem as amantes do futebol português.

11. Se algum dia tiver problemas de tensão baixa não vou ao médico, falo logo com Vítor Oliveira. Deviam dar o nome do homem a uma grua.
Gonçalo Guimarães no Jornal «A Bola»

Benfica campeão em Braga

Realmente o tempo passa a voar, parece que foi ontem mas, esta reportagem/documentário em baixo, refere-se à época de 1993/94 e em que o Benfica do 'enorme' Toni carimbou matematicamente o título em Braga, no antigo estádio 1º de Maio, casa emprestada ao Gil Vicente.


 

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Meia dúzia a fechar a 30ª. Jornada

OS SEGREDOS DO "REI" DAS SUBIDAS, QUE JÁ MERECE UM GRANDE



Trepidam tambores na Mata Real, mesmo na paz da quadra pascal. O castor vai voltar a roer a paciência dos grandes na Liga. O projeto de subida, desenhado com a contratação de Vítor Oliveira, foi materializado a quatro jornadas do fim, ficando à vista o retrato de uma festa para emoldurar, mas havendo ainda um título por pincelar na tela das memórias de 2018/2019. Sucesso temperado pelo mesmo obreiro de 1990/1991, quando o Paços se fez senhor convidado para um baile na elite. Passaram 28 anos desde a primeira aliança entre o Paços e Vítor Oliveira, que da capital do móvel arrancou para uma dezena de subidas e ao mesmo clube voltou para marcar mais um ciclo de promoções. A primeira de outras dez?

Aos 65 anos…Vítor Oliveira não é técnico de grandes euforias e preserva uma imagem inatacável. O jogo com o Académico terminou, autorizando a festa da multidão, num apressado beijo da relva, tudo certo numa enleante e sagrada manifestação de júbilo dos adeptos junto dos jogadores. Distante desta temperatura abrasiva…um homem: Vítor Oliveira. O técnico ficou mais encolhido junto o túnel, contemplando cada momento, agrafando mais um capítulo na mente. São já onze subidas, todas prazerosas, intimamente mais poderosas do que exteriorizadas. Percebê-lo é fácil pela competência, responsabilidade e clareza de ideias. Cúmplice do seu sucesso no Moreirense e Arouca, Tó Ferreira não esconde a felicidade de ter abraçado mais um projeto com Vítor Oliveira.

«Para ele, é uma cultura de vitória enraizada. É uma pessoa calma e tranquila que não precisa de extravasar a satisfação e a realização. É um hábito, lida bem com isto, melhor do que eu, que vou na terceira subida. É muito objetivo. Na viagem dizia-me, isto quando não recebia chamadas de felicitações, que o principal está feito, mas falta a cereja em cima do bolo: sermos campeões», invoca Tó Ferreira, de 47 anos, que é também quem acompanha o treinador nas viagens diárias, entendendo-o de forma privilegiada.

«É o líder máximo deste sucesso, mas a ideia dele é que o jogo é dos jogadores e a festa pertence aos atletas e aos adeptos. Quando o árbitro apitou, viemos para o túnel e o que ele queria era que os jogadores festejassem, aliviassem uma época muito desgastante. É mais um momento indescritível, pois subir não é para qualquer um, é uma montanha dura com altos e baixos», garante o antigo guarda-redes, gabando os atributos naturais de Vítor Oliveira.

«Ele torna as coisas muito simples com uma liderança natural. Pede apenas responsabilidade. É um prazer estar com ele. Não carrega o trabalho 24 horas sobre 24 horas. Desliga para estar com a família e amigos. É muito raro falarmos de futebol no carro», partilha Tó Ferreira, juntando aquela que entende ser a definição exata do rei das subidas.

«É o líder dos treinadores, é respeitado por todos dentro do futebol. Gosta de confraternizar e, por esta altura, deve estar a pensar numas férias e numas jantaradas com os amigos», sublinha Tó Ferreira, incapaz de adivinhar o futuro, que só a Vítor pertence…

«Ele respeita a entidade patronal e sobra ainda uma etapa. Nunca se sabe o que ele vai decidir. Como ele diz  ‘bom é treinar na Liga, é onde está o potencial, mas há projetos e projetos e há coisas que se querem ou não fazer’», explica Tó Ferreira.

Campeão europeu pelo FC Porto, Frasco é das pessoas que melhor conhece Vítor Oliveira, pois fez parte da mesma geração, enquanto bebé do Leixões. Faz uma vénia ao amigo e ao treinador de sucesso.

«É muito competente e tenho de lhe dar os parabéns mais uma vez. Quando se sabe que ele vai treinar uma equipa da Liga 2 já se sabe o que vai dar. Vencer faz parte do ADN dele. Tem a perspicácia de saber escolher os jogadores que podem proporcionar a subida», elogia Frasco, voltando a um doce Leixões para traçar o perfil de um líder prematuro.

«Já quando jogava com ele, via-se como sabia conduzir quem estava por perto no campo. Conservou sempre os seus amigos, é alguém que gosta de conversar de tudo, um grande companheiro e uma pessoa divertida, que gosta de mandar umas boas piadas», revela Frasco, mágico de Viena, ciente que há mais vias para o sucesso de Vítor Oliveira.

«Gostava mesmo muito de o ver treinar um grande pois acredito que iria ter o mesmo sucesso. Tem todas as condições, mas é preciso quem lhe dê as possibilidades de demonstrar o trabalho. E é preciso recordar que manteve o Portimonense na Liga com alguma facilidade», junta.

Bardamerda para a maioria dos analistas

  Ansioso para ler e ver o que tem a dizer os 'cientistas da bola', depois de anteontem o Barcelona ter 'empacotado' 8 batat...