terça-feira, 21 de janeiro de 2020

E O VITÓRIA LEVOU A TAÇA DA LIGA

Foi um bom jogo de futebol (vídeo em baixo) e o Vitória de Setúbal venceu a primeira edição da Taça da Liga em 2008. Recordar é viver.

 

sábado, 18 de janeiro de 2020

Benfica em Portugal está noutro patamar



 Nos dias e nas horas que antecederam o dérbi de ontem em Alvalade, antes de se conhecer a convocatória, muito se falou da possibilidade de Bruno Fernandes (não) jogar o dérbi. Com o conhecimento da lista de convocados de Jorge Silas adensou-se a ideia de que o capitão ia mesmo jogar. E jogou. Jogou com a qualidade a que nos foi habituando: influente na manobra, líder da equipa, o Sporting viciou-se em Bruno Fernandes. Como é que se faz o desmame?…
Muita coisa, entretanto, se disse sobre a sua anunciada saída de Alvalade. Por exemplo, que o Manchester United (MU) não ia permitir que Bruno Fernandes jogasse, por causa dos riscos que, nessas circunstâncias, correria, se na verdade o compromisso estivesse selado. A verdade é que, até ontem, à hora do jogo, não havia nenhum acordo. Se até quarta-feira o MU tivesse avançado com uma proposta formal do agrado dos leões, o que não aconteceu, o Sporting não teria outra hipótese se não libertar o seu capitão e Silas teria de preparar o jogo sem o jogador mais importante do plantel, como voltou a ver-se, ontem, frente ao Benfica.

Preto no branco: para além das conversas, que sempre existem muitas nestes contextos com os agentes - e é bom não esquecer que foi o empresário Miguel Pinho a puxar o superempresário Jorge Mendes para este negócio -, a única vez que MU (através de Ed Woodward) e o Sporting se sentaram à mesa para falarem desta operação foi há oito dias, na sexta-feira passada. A partir daí, saíram dezenas ou centenas de informações na comunicação social, o que funciona como um ‘barómetro’ para se perceber, fundamentalmente, o posicionamento dos empresários. A verdade é que, até ao começo do jogo, não surgiu em Alvalade nenhuma proposta formal. Quer dizer, depois da reunião entre MU e SCP em Londres, nada evoluiu, em concreto.

Não foi um bom sinal ter passado para a opinião pública manifestações de ‘choque’ entre Miguel Pinho e Jorge Mendes, que podem resultar da postura do Manchester United em relação aos dois empresários. O MU é um clube conhecido por não ser muito fácil nas questões de mercado e por não tomar decisões instantâneas - e talvez se tenha formado, entretanto, junto de Miguel Pinho (o ‘original’ representante de Bruno Fernandes) a convicção de a parceria com Mendes não ter tido, entretanto e até à data, o efeito desejado. Um ‘super’ tem de justificar a condição de ‘super’ porque, se não for assim, não vale a pena a concessão de um direito (há muito) adquirido…

Uma coisa é certa: o facto de o Manchester United não ter jogado a cartada final esta semana, antes do dérbi, representa o sinal de que o clube inglês ainda tem algumas reservas sobre matéria negocial, a qual poderá evoluir a partir de hoje, sendo que o prazo para o fecho do mercado de transferências ainda permite alguma gestão.

O Sporting só não está totalmente confortável no negócio, porque os seus responsáveis sabem que o dinheiro desta transferência, subtraídas as somas que é preciso descontar para entrarem nos cofres de outras entidades, é fundamental para a gestão das contas leoninas, a curto e médio prazos. De resto, Frederico Varandas sabe que tem um valor seguro no plantel, talvez ainda mais seguro em termos desportivos do que em termos financeiros, uma vez que neste domínio o risco parece ser maior, não obstante se saber que Bruno Fernandes não tem a idade, por exemplo, de João Félix.

Depois do dérbi de ontem, que não foi um grande espectáculo e voltou a conhecer (em mais uma provocação) o triste ‘espectáculo’ das tochas, o Sporting ficou a 19 pontos do Benfica, que está em Portugal noutro patamar, noutro estádio de desenvolvimento. E ficou a 19 pontos, contando com ‘o melhor jogador da Liga’ e, portanto, com o melhor jogador do Sporting. É bom que os leões tenham a noção de que, com ou sem Bruno Fernandes, e com ou sem Frederico Varandas, por causa dos erros de um passado mais ou menos longínquo, com ou sem Bruno de Carvalho, o Sporting ‘perdeu o comboio’ e só vai recuperar o seu lugar na ‘locomotiva’ do título se tiver a paciência necessária para se reorganizar, em vários domínios. Um Sporting fraco entre as suas hostes não pode ser forte no combate às marginalidades do futebol português.

NOTA - O FC Porto deu ontem sinais de esgotamento. A equipa parece acusar o peso de vestir em permanência o fato-macaco, é tudo muito suor, muito trabalho, mas falta ali um ‘jongleur’, e com a saída de Brahimi ainda há menos… classe. O plantel tem muitos operários, mas falta-lhe um maestro e mais violinos na orquestra. Com a vitória do Benfica em Alvalade e esta derrota portista, o campeonato parece entregue, mesmo com o clássico do Dragão à vista. Serão apenas os árbitros os grandes culpados?!…

Texto escrito com a antiga ortografia

JARDIM DAS ESTRELAS

****
Sim, Amorim

Chegou a Braga e mudou um sistema de jogo que não é fácil de implementar. Três jogos, três vitórias, duas das quais fora, ontem no Dragão, com grande personalidade. Um treinador a estilhaçar o conceito à volta do (quarto) nível. Ou se tem ou não. Sim, Amorim!

O CACTO

Rui Pinto? Preocupante

Estava acusado pelo Ministério Publico de 147 crimes. Rui Pinto vai responder em julgamento por 93, entre os quais o de extorsão (à Doyen), que sempre me pareceu, a provar-se, a acusação mais grave, em todos os planos, não sendo julgado por todos os crimes de violação de correspondência que lhe eram apontados, uma vez que a juíza Cláudia Pina entendeu que - nos casos de não existência de queixa - a tramitação deveria concorrer a favor do arguido Rui Pinto. Penso que fui sempre muito claro em relação a este processo: Rui Pinto deve ser julgado pelos crimes que pode ter cometido ( o trânsito em julgado di-lo-á), mas no mínimo é perturbante que a justiça portuguesa não tenha dado um mínimo sinal de interesse sobre as matérias e os conhecimentos revelados por Rui Pinto. Temos observado, ao longo dos anos, a dificuldade de investigação dos assuntos relacionados com o futebol, são inúmeros os sinais de marginalidade, e isso deve ser devidamente interpretado pelo poder político (pouco mais de zero interesse nestas matérias) e pelos próprios agentes da justiça. Ou quem tem obrigação de zelar por estas coisas não quer ver as suas vidas vasculhadas nem se está para meter em sarilhos, ou então os poderes do futebol, que se relacionam com outros poderes, já tomaram conta disto tudo, algemando quem deveria ter as mãos e as consciências livres, de modo a poderem agir. Preocupante.
daqui

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

O DERBY ETERNO

É o maior derby deste país à beira mar plantado. 
Em baixo, alguns vídeos/reportagens de jogos entre Sporting e Benfica.


 









segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

«SER PORTO»




Foi o tema escolhido para pelo 4º ano consecutivo abordar numa Aula/Conferência no auditório Dr. Sardoeira Pinto no Museu do F.C.Porto, num ato que o afetuoso dever da gratidão e muita saudade me envolve em continuar a cultivar a memória duma relação com o senhor José Maria Pedroto, o Mestre dos Mestres que nos deixou há 35 anos.

No auditório repleto de muitos convidados que muito me honraram com a sua presença, registo o senhor presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, a Drª Cecília Pedroto e filho Dr Rui Pedroto, ex jogadores internacionais como o Bi Bota de ouro Fernando Gomes, José Alberto Costa, Rui Barros, Frasco, Taí,  etc …  o presidente da ANTF José Pereira, alguns presidentes ou representantes de Casas do F.C.Porto, o meu Magnífico Reitor Professor Doutor Domingos Silva, colegas João Mota e António Cunha, a super campeã do mundo das pistas e do asfalto Aurora Cunha, os melhores 4 alunos de cada turma do 1º ano Futebol e Mestrado de alto rendimento e treino desportivo do Instituto Universitário da Maia/ISMAI e Instituto Superior Politécnico da Maia  (IPMAIA) e outros amigos cujos laços fraternos tenho o privilégio de “comungar” em afeto e felicidade.
Dedicada esta Aula/Conferência, tal como as anteriores, ao senhor Pedroto, um treinador adiantadíssimo no tempo no que concerne à cultura e arte de “olhar” o jogo e sempre acolitado duma estratégia vencedora “contra ventos e marés”… também dedicada ao senhor presidente que considero eterno, venerado pela sua história de sucesso e dos títulos já conquistados (e a conquistar) no mundo do desporto e a Sérgio Conceição pela notável dedicação à nobre causa ganhadora, repetidamente definida pelo presidente, que com paixão, rigor, competência e ambição, vai cultivando o terreno do e para o êxito.

Procurei no “SER PORTO” incorporar uma das caraterísticas que considero fundamentais. Para tal, assim defini o subtema RESILIÊNCIA, essa capacidade de transformar a humilhação em glória e exaltação, onde os fracassos, as angústias e crises podem ser a base para se conseguirem estratégias de superação que como referia Charles Colton “muitas vezes uma grande adversidade se pode transformar em trampolim para a maturidade”.

Procurei orientar a minha dissertação com base em algumas experiências passadas resultantes do acompanhamento de atletas de eleição em profundas atribulações devido a graves lesões, que fustigados pelo tempo depressa se transformaram em “deuses caídos” e outras causas de gente que da adversidade e descrédito conseguiu transportar na alma as pegadas da experiência vivida e no coração o suor das causas para vencer. Gente que foi à luta e GANHOU!...

No domínio arrastado pela dor das adversidades sentidas, o mais importante em avaliar a forma como se cai, e seguindo o pensamento de Mandela, será refletir na forma como se deve levantar, sabendo porém que não há sucesso que perdure nem fracasso que seja eterno, sabendo ainda que a recompensa dum trabalho bem feito estará na oportunidade de o repetir e porventura melhorando-o.

Sem pretender no aspeto pedagógico exponenciar um egocentrismo atrevido, procurei de certa forma anotar algumas estratégias para que se vejam ultrapassadas as fragilidades duma derrota e cultivar uma prática anunciadora de imediato sucesso. Para tal o facto de anotar nos dias mais dramáticos os capítulos mais importantes da história pessoal vivida, estabelecendo rankings congruentes com o sucesso obtido, lutando com paixão e abraçando a vida com paixão, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito importante para ser insignificante, sendo curta, não devemos ter pressa em a viver.

Outra das estratégias comentadas foi o facto de tentar cada qual procurar o prazer de se doar, tratar e proteger quem mais precisa, com obras de coração aberto, sem que  para isso se devam ser anunciadas, e sobre o silêncio dos nobres descobrir o milagre da solidariedade pela vida. Ainda um apelo ao dever da consciência numa evocação ao valor dos sentimentos, sabendo que entre o pensar e o sentir, não devem existir fronteiras, e que, como refere Norman Cousins “ a crença gera biologia”. Essa crença como força motriz de intencionalidade operante que converterá o conteúdo do desejo em algo que ao não ser vivido, aquele se torna desonesto (Ghandi).

Por último a anotação de temáticas básicas de expressão coletiva de sucesso como seja o pensamento de orgulho e pertença a uma identidade coletiva; os estabelecimentos de regras, compromissos e objetivos e a valorização da contribuição pessoal no contexto do grupo; a promoção de situações que perfazem a experimentação do sucesso e fazer de cada gota de suor um momento de confluência do saber ser com o saber viver, exprimindo a coragem, sinalizar a alegria, exaltar a dedicação individual sempre em prole do coletivo.

Como tantas vezes tem repetido o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa o segredo de quem pretenda atingir o êxito está na competência, rigor, ambição e paixão, constituindo pela biologia da sua essência uma verdadeira âncora onde se acolhe o sucesso. Senti uma enorme honra ter a meu lado nesta Aula /conferência uma seleção de vários alunos que atingiram bitolas de sucesso na avaliação deste primeiro semestre, por ter valido a pena os ter ajudado a descobrir generosamente a arma das boas ideias e também a vontade de conquistar pelo exemplo o sonho do futuro. No final a todos foi permitida uma visita guiada à descoberta mais emblemática da vida do F.C.Porto, tão bem ilustrada na viagem de esplendor e encantos que a história de sucessos se deixa evocar de forma bem representativa do seu Museu.

Reconhecido à Direção do Museu do F.C.Porto pela excelência no trato e apoio exemplar concedido. Muito grato ao F.C.Porto que, pela magnitude de presença do senhor presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, me ter permitido com os olhos e coração bem amarrados ao passado, ter tido a oportunidade de honrar o presente… e com a atenção com que fui escutado, fui reconstruindo imagens, memórias e vivências que jamais deixarão de iluminar a distância do meu caminheiro!...

José Neto: Metodólogo de Treino Desportivo; Mestre em Psicologia Desportiva; Doutorado em Ciências de Desporto; Formador de Treinadores F.P.F./U.E.F.A.; Docente Universitário.

sábado, 11 de janeiro de 2020

TELHADOS DE VIDRO E O SISTEMA...GRIPADO




O futebol português tem esta ancestral e sacrossanta capacidade de não nos surpreender, com os casos que merecem análise:
1 RAUL DE TOMAS — As transferências não são explicadas e quem participa nelas acha que não as tem de explicar. Dizem que ‘é o Mercado a funcionar’ . Eu diria que ‘é o sistema a funcionar’, pouco ou nada regulado. Jorge Mendes tomou conta, grosso modo, de 75% do Mercado e o facto de se dizer que ele não tem directamente a ver com esta ou aquela operação não significa nada, porque as intermediações têm demasiados braços e nem sempre A está formalmente ligado a B. A FIFA e a UEFA (no caso europeu) ainda não conseguiram qualquer tipo de eficácia em relação às intenções (a FPF está interessada no tema e o presidente Fernando Gomes prometeu em Julho que precisaria de 1 ano para implementar o funcionamento da Casa de Transferências em Portugal), mas a liberalização e a legitimação de processos chegou a um ponto tão avançado e potencialmente escandaloso que um dia esta ‘rédea livre’ tem de acabar. Há, de facto, muita coisa por explicar ( e não exactamente pelos ‘peões’ de Jorge Mendes na comunicação social) e, no mínimo, uma sessão de promiscuidade entre compradores, vendedores, agentes — e tudo o mais que seria importante investigar e apurar.
2 GRIPADOS — Uma doença súbita que atinge parte considerável de um plantel não é uma coisa muito habitual no futebol, pelo menos em termos mediáticos. É um tema sensível, porque um pedido do clube afectado (o VFC) poderia merecer compreensão do seu adversário (o SCP), que até tem um médico na presidência, e principalmente da Liga, mas as coisas no futebol em Portugal — tão habituado às mentiras, meias verdades, jogadas de bastidores e tutti quanti de um arsenal de pirotecnia dialéctica — não são assim tão lineares. As lesões, indisponibilidades pontuais, por doença ou por outros motivos, fazem parte do dia-a-dia do futebol. Por isso, os planteis são grandes e, neste futebol de baixa postura ética, todas as informações devem ser escrutinadas e, até, contraditadas. Acresce que o Vitória — instável há muitos anos — está em véspera de eleições (dia 17). Adiar este jogo pelos motivos aduzidos seria abrir um complicado precedente e, na verdade, se estamos a falar de um quadro de saúde, o futebol português já deveria, todo ele, ter sido adiado, se colocarmos o foco em matéria de comportamentos…  Em nome da integridade da competição e da verdade desportiva, a Liga deveria ter-se apresentado no Bonfim com os respectivos directores clínicos e avaliar a situação. Mas se o Vitória recusa uma junta médica para esta manhã… fica tudo dito.

3 INTERESSE DO MU EM BRUNO FERNANDES - O interesse do Manchester United (MU) em Bruno Fernandes, que revelei na terça-feira, no ‘Tempo Extra’, foi o mote para reunião que as ‘três partes’ tiveram, ontem, ao almoço, em Londres. O negócio não foi fechado, mas parece ter pernas para andar, se o United chegar aos números que o Sporting pretende.

4 FERNANDO GOMES E MANUEL FERNANDES - Dois grandes jogadores da mesma geração encontraram-se na Liga, como embaixadores do FC Porto e do Sporting, a propósito da apresentação da ‘final four’ da Taça da Liga. O ex-capitão dos ‘leões’ lembrou, e bem, que "a importância de saber ganhar é igual à de saber perder" e os ex-capitão dos ‘dragões’ ripostou, lembrando que "todos temos telhados de vidro’ e todos nós temos de reflectir sobre isso". Ora aqui estão duas grandes verdades: a falta de fair-play e o não reconhecimento dos telhados de vidro estão a adiar sucessivamente, com custos elevadíssimos, o transporte do futebol português para uma plataforma de mínima credibilidade.

5 TOCHAS E PETARDOS - O que se passou em Guimarães, no jogo entre o Vitória e o Benfica, e que já conheceu outros palcos, em Portugal, precisa de uma mão firme da APCVD e do Conselho de Disciplina da FPF. Os consumidores que não fazem parte de claques (oficiais ou oficiosas) e que gostam de futebol estão cansados desta impunidade. A quantidade de artefactos levados (sem controlo eficaz) para dentro do Estádio, por um lado, e a sua utilização, por outro, não podem deixar de ser punidos. No quadro legal vigente, os adeptos prevaricadores têm de ficar interditados de frequentar recintos desportivos e, considerando os regulamentos, os dois clubes têm de ser punidos. Tudo o resto é alegar complexidade processual para nada ou pouco se fazer.

6 COMPARAÇÃO COM PEDROTO - Pinto da Costa entendeu comparar Sérgio Conceição a Pedroto. Soou a elogio, mas um dos problemas do FC Porto é estar demasiado agarrado aos dogmas do passado, sem proceder à regeneração que seria imperativa.

7 DESTITUIÇÃO LEONINA - Um exemplo de como se gasta o tempo para dividir, na tentativa de poder reinar. A destituição que estava por fazer está feita: agora, é tempo de controlar os danos. Destituição? Até parece anedota!

NOTA - A vitória de Portugal sobre a França, em andebol, é um grande momento do desporto português e merece ser valorizado como tal. Parabéns aos protagonistas!

 

JARDIM DAS ESTRELAS *** (3 estrelas)

Julian Weigl não brilhou

Dois jogos importantes para as contas do título a uma sexta-feira. Dois jogos em que Benfica e FC Porto estiveram em desvantagem e dois jogos com decisões de arbitragem muito polémicas.

Havia natural expectativa em redor da estreia, na Luz, de Julian Weigl, que acabou por ser substituído (por Cervi) com uma hora de jogo e o Benfica a perder. Fez dupla com Gabriel, a opção mais lógica neste momento. A estreia não foi auspiciosa, longe disso, porque o Aves teve sempre um jogador a vigiar os movimentos do médio alemão e é natural que a falta de entrosamento com a equipa e com o jogador brasileiro tivesse sido evidente. Vê-se que quis envolver-se no momento da construção, chegou mesmo a ter um lance de finalização na área do Aves, mas a estreia do centrocampista germânico ficou prejudicada pelo número excessivo de alterações decididas por Bruno Lage no ‘onze’ do Benfica. Numa noite em que os ‘encarnados’ iam absorver pela primeira vez um ‘corpo estranho’ (Weigl) não seriam aconselháveis tantas alterações . Lage quis meter Jota e Seferovic, em detrimento de Cervi e Vinicius, que têm estado ultimamente muito bem, e a equipa ressentiu-se, num jogo em que o Aves foi surpreendente: 55 minutos a vencer e só perdeu a dianteira no marcador através de um penálti que vai ser muito discutido nos próximos dias.

Em Moreira de Cónegos, a dupla de centrais Pepe-Marcano deu lugar à dupla Mbemba-Diogo Leite e a defesa portista oscilou em demasia nos primeiros momentos do jogo e no 2-2. Os candidatos ao título não estão consistentes. 

BENFICA ASSUSTOU-SE E O FC PORTO TAMBÉM TEVE DE LUTAR MUITO

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

QUANDO O SILVINO DO BENFICA JOGOU NA LUZ PELO FC PORTO

Muitos já não se lembram, mas o ex guarda-redes do Benfica, Silvino, também representou o FC Porto em fim de carreira e jogou na Luz pelo FC Porto. Ver vídeo em baixo. 
Ah!, e o Rola da BTV é que apitou este jogo.😂



POLÉMICA NO BONFIM

É já hoje que tem início a penúltima jornada da 1ª volta do nosso campeonato. 

E, a mesma já está envolta em polémica pelo jogo do Bonfim entre o Vitória e o Sporting. 

O surto gripal ou virose, que assola os sadinos e a intransigência do Sporting em alterar o jogo, fez com que as boas relações entre sadinos e leões ficasse abalada. 

Em baixo um Vitória - Sporting de outros tempos em que tudo era mais calmo. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Ano Novo hábitos conhecidos



O calendário só agora permite que 2020 se inicie, no que há ocupação deste espaço diz respeito. Porém, bastaram meia-dúzia de dias e o regresso da principal competição futebolística para rapidamente concluir que quase nada mudou. Para o bem, mas muito especialmente no plano contrário. Em termos positivos, sem surpresa, porque está rico (ou pelo menos aparenta essa realidade – só Gomes da Silva não cala o desconforto) –, o Benfica foi ao mercado e reforçou-se com um futebolista de qualidade: Weigl. Sair da Bundesliga para Portugal é estranho? Será. Mas que se trata de alguém acima da média… Ao querer ser competitivo na Europa, mesmo com o Seixal laborando, tem de ir por aí. Sim, porque internamente adivinhava-se há muito o que se verifica. Nem era necessário esperar pela recente ronda: encarnados e também portistas, mesmo não tendo jogado como se lhes exige, estão muitos furos acima. E, como acontece há tantos anos, a luta pelo título resume-se a ambos… a 19 jogos do final. Até porque o Sporting, como se adivinhava, está (pasme-se!!!) a 16 pontos do líder e a 12 do 2.º lugar. Varandas e companhia bem podem limpar as mãos à parede…
O que também não mudou foi a arbitragem. Imagine-se que tinha sido marcado o penalty em Guimarães? E que Alex Telles tinha sido expulso em Alvalade? Pois: a dupla árbitro/VAR não tem melhoras. Como não têm todos aqueles que são contra o "fair-play". O que se passou no Minho e em Alvalade envergonha o futebol, mas particularmente as instituições governamentais. O que também não mudou foi o apetite pelo golo de CR7 – três no regresso à atividade –, nem os muitos candidatos que querem levar… Bruno Fernandes. Diz-se…

EM ALTA

Cervi – Um golo a valer três pontos. Eventualmente capitais na luta pelo título. Frente a Vitória enorme!

Luis Diaz – Saltou do banco em Alvalade, não marcou, mas agitou muito o jogo portista. E o sonho continua…

Ruben Amorim – Entrada fantástica na alta roda. Não tem curso? A qualidade não se mede pelo canudo…

Rui Vitória – De vento em popa na Arábia Saudita. Depois do título, a Supertaça. Sim: nos penalties também conta.

Jesualdo Ferreira – Mestre em futebol recusa-se a abdicar. No Santos, de Pelé, tem um desafio brutal!

Pedro Emanuel – O futuro é no Al-Ain, dos Emirados Árabes Unidos. Está de volta um bom treinador!

Ibrahimovic – Um dos maiores de sempre, trocou os EUA por Itália. Falta saber é se este Milan…

Nuno Dias – No futsal não há como ele: 300 vitórias, em 355 jogos. Coisa de predestinado!
daqui

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O PAPAGAIO VOLTOU A SER DESPEDIDO

Não está fácil a vidinha deste moço.
 
Quem por aqui passa sabe que não vou à bola com ele e sabe porquê.
 
Não desejo o mal a ninguém, mas continuar a ver este papagaio 'escorregar no próprio veneno' é reconfortante.
 
Oh rapaz, tenta mudar a tua maneira de ser ou então muda de profissão.


domingo, 5 de janeiro de 2020

O SPORTING FODEU-SE!

No futebol não há justiça, vence quem marca mais golos. 
Foi o que aconteceu esta noite em Alvalade, um Sporting melhor no jogo mas com um FC Porto mais maduro e eficaz. 

A luta pelo título é a dois, como já vem sendo hábito há muitos anos. 
Perante tudo isto o que é que eu - e o campeonato - pode fazer ou dizer?... 
Nada!... 
Só esperar pelo mês de Maio. 

QUANDO O GOLEADOR PORTISTA SE MUDOU PARA ALVALADE

Em dia de clássico Sporting - FC Porto, nada como recordar outros tempos que deixam saudades, em especial, as chamadas reportagens de cabine.
 
Nestas reportagens, é possível constatar a mudança de Fernando Gones (eterno ídolo portista) do FC Porto para o Sporting, uma surpresa na altura e uma transferência envolta em muita polémica.


JOGO DO BENFICA CRIA POLÉMICA

Jogo electrizante, ontem, em Guimarães. O líder do campeonato encontrou um Vitória atrevido e pode-se dar por feliz por ter saído de Guimarães com os três pontos.
Rui Vieira está dando continuidade ao excelente trabalho do antecessor, Luís Castro, dá gosto ver este Vitória jogar.

Em relação ao Benfica, jogou o que o adversário deixou, mas demonstrou muita maturidade em segurar o jogo quando foi necessário.

O Benfica continua líder do campeonato com todo o mérito. Em relação às polémicas, fico-me pelo que dizem os especialistas de arbitragem dos nossos três jornais desportivos.

Refiro-me ao lance na grande área do Benfica, entre Rúben Dias e Davidson.
No Jornal O Jogo: Todos afirmam que ficou uma grande penalidade por assinalar a favor do Vitória;
No Jornal Record: Não há penalty.
No Jornal «A Bola»: Não há penalty.


sábado, 4 de janeiro de 2020

BENFICA CAMPEÃO EM GUIMARÃES

O Benfica já foi feliz em Guimarães (vídeo em baixo) e não foi assim há muito tempo. 

O jogo de hoje é mais um difícil teste à equipa de Bruno Lage, até nas casas de apostas as odds estão boas para quem aposta na vitória do actual campeão nacional. 

Todo o cuidado é pouco, a rapaziada do Afonso Henriques vem fazendo um campeonato muito razoável e não vai ser pêra doce. 

‘PIRILAMPO' RUI COSTA REACENDE COM WEIGL




A contratação de Weigl é apenas a marca mais visível de um novo tempo no Benfica.

A recente e repetida má participação na Champions, com o treinador ‘perdido’ – ao nível da macrocompetição europeia – em opções muito discutíveis, parece ter feito a administração do Benfica reformular as bases do projecto.

Com FC Porto e Sporting sob o efeito de problemas diferentes, a condicionarem qualquer tipo de investimento, o Benfica está numa posição de grande privilégio, em termos concorrenciais. Essa percepção, agora revisitada por mais analistas, levou-me a considerar que o Benfica podia tornar-se na ‘Juventus de Portugal’ como um crónico vencedor do respectivo campeonato nacional.

O Benfica não pode deixar de ter um olho no retrovisor, mas está claramente noutro patamar em termos nacionais, sendo que falhou, por alguma soberba, a aproximação à Champions.

O Benfica, com Jorge Jesus, não teria feito provavelmente as vendas que já fez com jogadores muitos jovens, mas a verdade é que o Benfica está a regressar, sem Jorge Jesus, ao ponto em que se encontrava, aquando da saída do actual técnico do Flamengo para o Sporting.

Quer dizer: Jorge Jesus achou sempre que os jogadores da formação deveriam ser um COMPLEMENTO ao trabalho da equipa de scouting e não a BASE do projecto desportivo. Luís Filipe Vieira e os seus conselheiros pensavam exactamente o oposto e o presidente dos encarnados chegou mesmo a proclamar – em Outubro de 2018 – que o plantel iria contar, em três anos, com 80 a 90% de jogadores formados no Benfica. Só se for em sonhos.

Parece claro que a ideia de Luís Filipe Vieira até podia ser válida para o nível de competitividade interna, mesmo correndo alguns riscos; mas os tempos recentes provaram – a quem só quer sair do Benfica, proclamadamente, depois de se sagrar campeão europeu – que a ambição na Champions não é exequível sem uma mescla de jogadores ‘locais’ e jogadores ‘de mercado’.

Em súmula: o Benfica, em 2020, ‘regressa’ a 2015 e, nestes quatro anos e pico, o que ganhou? A valorização da marca ‘Seixal’/Benfica e da imagem da formação; alguns negócios instantâneos, com o alto patrocínio de Jorge Mendes, a culminar com a venda mais inflacionada de sempre, quando Félix se transferiu para o At. Madrid.

O Benfica tem no onze-base de Bruno Lage jogadores da formação já ‘consagrados’ como Rúben Dias e Ferro, ambos com 22 anos; um outro consideravelmente rodado, como Florentino, com 20; um outro, nas mesmas condições, Gedson, na porta de saída, depois de perder tão prematuramente o comboio, e uma mão-cheia de outros bem identificados, como Jota (um caso especial), os três Tavares (Nuno, Tomás e David), entre os 18 e os 20 anos.

Nesta deambulação entre estágios de projectos diferentes, a SAD do Benfica, eufórica e positivamente condicionada pela venda de João ‘euromilhões’ Félix, ‘perdeu a cabeça’ por Raul de Tomas, quis mostrar gratidão (a Paulo Gonçalves) quando foi buscar Cádiz, inventou com Caio Lucas, conseguiu impor Vinícius à custa do sacrifício de Seferovic, e foi deixando cair Fejsa, Samaris e Zivkovic, e Cervi só não caiu em definitivo porque Rafa se lesionou e Caio Lucas não se impôs como os mais optimistas esperavam. Não esquecer o ‘contrapeso’ Taarabt, que Lage recuperou com toneladas de paciência e… oportunidades.

A chegada de Weigl ao Benfica acelera a pretensão de Bruno Lage em ter um plantel curto. É fácil de fazer as contas: dois jogadores por posição (não desprezar a polivalência de alguns atletas que podem fazer vários lugares e não desprezar o elevador que constitui a equipa B, que faz subir e descer os jogadores consoante as necessidades) e mais três jogadores de campo, a escolher entre Fejsa, Florentino/Samaris, Gedson, Zivkovic e Caio Lucas, não sendo de excluir a ainda assim improvável ‘queda’ de RDT. E se Bruno Guimarães chegar?!…

Weigl é, obviamente, face às suas credenciais, um potencial titular, para jogar com Gabriel, e o Benfica promete um meio-campo de luxo, com Pizzi e Rafa, quando este estiver ao seu melhor nível. Mas isso impõe resolução rápida em relação aos excedentários, uma vez que, na senda da pretensão muitas vezes revelada por Bruno Lage, um plantel curto, com qualidade, é mais fácil de gerir, em todos os aspectos.

Zivkovic é, claramente, um problema. Caio Lucas é ‘curto’. Fejsa (injustamente) ‘expirou’. Gedson está sem espaço. Florentino, a continuar, ficará à espera que Weigl seja um falhanço.

Weigl parece ser uma cedência à estrutura, fora do radar de Jorge Mendes, mas sobre isso também é preciso esperar pelas cenas dos próximos capítulos, porque Rui Costa no Benfica tem sido uma espécie de ‘pirilampo mágico’, ora acende ora apaga, consoante os humores do presidente.

As eleições aproximam-se e Vieira sabe o que precisa de fazer para ter a casa arrumada. Até o sócio-agarrado-pelo-pescoço se calou, em definitivo.

* Texto escrito com a antiga ortografia

JARDIM DAS ESTRELAS
(3 estrelas)

‘Liga esquecida’ de regresso

O futebol português continua engessado e incapaz de se mover, por força de interesses inconfessáveis. Já nos havíamos esquecido – face a tão longa paragem – que há uma Liga portuguesa em curso, e regressa agora com um fim-de-semana em cheio: com um clássico (Sporting-FC Porto) e com um grande jogo em Guimarães (Vitória-Benfica). Uma jornada que pode ajudar a definir o campeão 2019/20, no cenário em que o FC Porto saia derrotado de Alvalade e o Benfica passe na Cidade Berço. Neste caso seriam sete pontos para gerir. O FC Porto é favorito, possui o plantel mais equilibrado e Sérgio Conceição tem conseguido retirar rendimento da equipa, que nos últimos dez jogos só não ganhou no Jamor (B, SAD), embora com um calendário não exactamente muito exigente. O Sporting tem sempre uma palavra a dizer e, em Alvalade, vem sendo mais forte… Em Guimarães, hoje, promessa de ‘grande jogo’. Duas equipas que gostam de jogar futebol e que procuram o golo. Que o regresso da ‘Liga esquecida’ – compensada por uma overdose de jogos da Premier League – seja em grande!

O CACTO
2019 sem avançosPouco ou nada se avançou em 2019, em matéria da defesa da integridade das nossas competições. O futebol português continua a produzir e a exportar jogadores e treinadores de grande qualidade, mas continua a marcar passo no que diz respeito a reformas tendentes a proteger a verdade desportiva. Nesse aspecto, está tudo na mesma ou ainda pior. Não há avanços porque ninguém quer sair da sua zona de conforto, a começar pelo Governo. Os clubes médios vivem encurralados; a FPF e a Liga não conseguem contrariar o poder (excessivo) dos clubes dominantes.
daqui

Bardamerda para a maioria dos analistas

  Ansioso para ler e ver o que tem a dizer os 'cientistas da bola', depois de anteontem o Barcelona ter 'empacotado' 8 batat...