terça-feira, 31 de março de 2020

PAULO FUTRE: O NOVO DOCUMENTÁRIO (VÍDEO)

Futre, Paulo Jorge dos Santos Futre - este craque nascido no Montijo era o meu ídolo e de quase todos os da minha geração. 

Era o melhor jogador português da altura e foi considerado um dos melhores do mundo de todos os tempos! Em baixo, o novo documentário sobre este enormíssimo jogador.


 

FINAL DO EURO 1984

domingo, 29 de março de 2020

FOI UM GÉNIO DENTRO DAS 4 LINHAS...

...fora delas, nem tanto. Polémico quanto baste, como treinador também teve uma carreira interessante embora sempre olhado de lado e, muitas vezes, com razão. António Oliveira sempre viveu lado a lado com a polémica. 
Tinha tudo para ter tido também uma carreira de treinador de grande nível, mas há um defeito que lhe apontam e já vinha dos tempos de jogador - era malandro. 

Há muitas 'estórias da bola' sobre esta personalidade do futebol português que. por vezes. fico parvo quando tenho conhecimento. 

Enfim...ficamos pelo lado bom deste génio - dentro de um campo de futebol com a bola a seus pés. 

RUI COSTA E BALAKOV

Parabéns a estes dois maestros que hoje fazem anos.

TEMPO DE COMPENSAÇÃO

sábado, 28 de março de 2020

CLUBE COM DROGA NO AEROPORTO?!

O blogue do meu amigo António Boronha deixou saudades à nossa blogosfera. 
Hoje, transcrevo uma 'estória' deliciosa sobre a sua passagem pela presidência do histórico Farense. António Boronha foi também vice presidente da FPF durante alguns anos. 


 

estórias da bola quarenta e três


nos princípios do ano de 1991, num domingo em que jogava o 'farense' contra o 'beira-mar', a diligente funcionária do departamento de futebol, a ana maria, veio-me com uma notificação de que estaria uma 'carga' no aeroporto de faro, proveniente da 'colômbia', destinada ao clube. 

perguntou-me: 'tem algum conhecimento disto?'...
respondi-lhe que não mas que iria indagar. 

como estava na zona dos balneários dirige-me à 'enfermaria' onde o fernando belo tratava dos músculos de um atleta e falei-lhe no assunto, se ele sabia de alguma coisa?...
deu-me a mesma resposta que eu já tinha dado à ana maria, que não, que desconhecia inteiramente o assunto mas acrescentou uma nota com algum sarcasmo: 'se é da 'colômbia', deve ser 'coca'!

terminada a partida - ganhámos por 3-2 com arbitragem de carlos valente que expulsou o seu 'amigo' nunes, estava o resultado em 0-2 - continuei as minhas diligências junto dos colegas da 'direcção' para apurar se alguém sabia algo do assunto.

foi entâo que o 'vice' para as 'amadoras', o jorge roque, me disse que havia um massagista colombiano, oriundo do ciclismo, que na semana anterior lhe tinha pedido autorização para acompanhar a actividade de algumas equipas do clube, julgo do 'basquetebol', e que este meu colega lhe teria mesmo passado, a seu pedido, uma credencial do clube autorizando a sua presença frequente no 'pavilhão'...

dois dias depois o 'mistério' ficou completamente esclarecido.
um outro meu colega, o adérito melro, dirigiu-se (foi chamado?) ao 'aeroporto', à secção de carga, onde a 'judiciária' já tinha abarbatado o colombiano.

a polícia queria saber qual o envolvimento do clube nesta história. é que se encontravam lá dois 'bidons' plásticos cheios, destinados ao 'sporting clube farense', oficialmente contendo um qualquer óleo de massagem que o 'massagista' colombiano, com base na 'credencial' que o 'farense' de boa fé lhe passara, tentara levantar.
😅
as embalagens continham no seu interior, de facto, uma mistela canforada qualquer que servia para encobrir 'cocaína' pura diluída, a qual seria posteriormente recuperada.

a questão que parecia ter morrido por ali serviu quase oito anos mais tarde para alguém, insidiosamente, num tablóide especialista em escândalos, me tentar associar ao mundo dos traficantes.
sem qualquer sucesso, como não poderia deixar de ser.
daqui

UMA TAÇA QUE NOS LIGA...DIZEM ELES

quarta-feira, 25 de março de 2020

REPORTV - A LESTE, O PARAÍSO

PANDEMÓNIO


 
1. «A anulação dos Jogos Olímpicos destruiria os sonhos de 11 mil desportistas», disse o líder do COI. Vou ser meigo: este tipo é uma besta.

2. Li no outro dia: «Bruno Lage testa dupla Dyego Sousa e Vinícius.» Por Skype, WhatsApp ou Messenger?

3. O Benfica foi o único clube que não quis participar na jornada virtual da Liga. De facto, às vezes o clube parece ter o comando estragado.

4. Nos EUA um inspetor de doping no ciclismo foi suspenso por... doping. Lá diz o povo: quem acompanha com coxo, ao terceiro dia coxeia.

5. O presidente da FIFA fala numa oportunidade para reformular o futebol: menos torneios, menos equipas, menos jogos. É o mesmo que passou o Mundial de seleções para 48 equipas e o Mundial de Clubes para 24?

6. «Eles fingem que me pagam e eu finjo que jogo», disse um dia Vampeta sobre os salários em atraso. Pena que isso não resolva o drama dos jogadores. O Aves é mais um triste caso.

7. Oxalá me engane, mas não vejo condições para os campeonatos serem retomados esta época. Para quê forçar e arriscar? O futebol é imortal, nós não.

8. Em Portugal será o pandemónio em tempo de pandemia. Só peço a FC Porto e Benfica que não gastem o papel higiénico todo a decidir quem é campeão.

9. E esqueçam lá essa história de esta crise poder mudar a vida e o futebol. Mudará apenas até haver condições para voltar a ser igual. Ou pior.

10. A quarentena ainda agora começou e Lindelof já anda a vestir a roupa da mulher. Vai acabar num varão...

11. Rui Gomes da Silva reagiu com ironia à ajuda dada pelo Benfica na luta contra o Covid-19. À medida que aumenta o número de infetados, aumenta também o número de idiotas.

12. Na Nicarágua há luta renhida entre Diriangen, Managua e Real Esteli, no Burundi o Musongati vai lançado e na Bielorrússia o campeão Dínamo Brest tropeçou no arranque. É isto ou corridas de submarinos.
daqui

domingo, 22 de março de 2020

NÃO PERCAM ESTES JOGOS

O canal 11 da FPF tem transmitido alguns jogos antigos da nossa selecção que vale a pena recordar.

Não percam esta oportunidade, no seu sofá com uma cervejola e uns amendoins/tremoços ou seja lá o que vos apetecer. 

Hoje, pelas 18h00 vão transmitir o Portugal vs Roménia do Euro 1984 disputado em França - a nossa besta negra, mas só até ao último Euro 2016 em que nos vingamos desses malditos gauleses. 
Os onze dos jogo de mais logo, aqui e em baixo o nosso golo, sim vencemos por 1-0. 

HAT-TRICK DE RUI ÁGUAS NUM BENFICA - FC PORTO

Recordando grandes clássicos na antiga Luz entre Benfica e FC Porto.

O jogo do primeiro vídeo em baixo refere-se à época de 1986/87, ano em que o Benfica celebrou a dobradinha (campeonato e Taça de Portugal) com  John Mortimore ao leme dos encarnados.
Rui Águas fez 3 golos ao FC Porto neste clássico na Luz que terminou em 3-1 para os encarnados.

Nos vídeos seguintes, os clássicos Benfica - FC Porto disputados na antiga Luz até ao final da década de 80. 
Vale a pena assistir, outros tempos em que além do jogo  propriamente dito, havia o antes e o depois com reportagens sublimes com os artistas envolvidos.

sábado, 21 de março de 2020

MUDANDO DE ASSUNTO

E A SAMPDÓRIA FOI CAMPEÃ DE ITÁLIA

No próximo mês de Abril (dia 27) faz 6 anos que partiu o homem que conduziu a Sampdoria ao único campeonato ganho na série A italiana - Vujadin Boškov

Um excelente treinador, que teve ao seu dispor também excelentes jogadores e numa altura em que só se podiam utilizar três estrangeiros. 

Quem ainda se lembra do guarda-redes Pagliuca, do central Vierchowod, do defesa/médio Katanec, dos médios Lombardo, Toninho Cerezzo (já com 36 anos) e Mykhaylychenko?!
Bom, na frente também existia uma dupla infernal - Vialli e Mancini -, lembram-se?!…
Em baixo um documentário sobre essa excelente temporada.


sexta-feira, 20 de março de 2020

LUZ CHEIA PARA UM BENFICA - FC PORTO

No seguimento de alguns posts dos últimos dias, aqui fica em baixo mais um clássico de outros tempos do futebol português. Um Benfica - FC Porto, na Luz e com Rui Águas do lado do FC Porto. 


NUNCA CHEGARÁ AOS TEMPOS DO APITO DOURADO

JORGE JESUS E ZICO À CONVERSA

DUELO MARADONA/PLATINI

Em baixo, alguns jogos que me fazem recuar no tempo e voltar à adolescência (final da década de 80, início dos anos 90), quando o meu pai teve a melhor opção lá para casa em termos de ocupar o seu tempo e, por consequência, o meu também - instalou uma parabólica e foi um 'fartote'.
Tendo também os canais da televisão italiana RAI, era futebol a toda a hora, reportagens, treinos e jogos do campeonato mais competitivo da altura.

Outros tempos, em que uma equipa estava autorizada a jogar apenas com 3 estrangeiros. 

No Milan, o trio holandês (Rijkaard, Gullit e Van Basten), no Inter, o trio alemão (Andreas Brehme, Matthaus e Klinsmann), no Nápoles, havia Alemão e Careca (brasileiros) e o astro argentino Diego Armando Maradona. Na Juventus, por essa altura, Platini tinha-se retirado mas havia o português Rui Barros, o dinamarquês Laudrup (o mais velho dos irmãos) e ainda o russo Zavarov.


quinta-feira, 19 de março de 2020

DERBY TRIPEIRO NO BESSA

Que saudades destes tempos, os jogos televisionados eram poucos. Para nos mantermos atualizados em relação ao 'pontapé na bola', era lendo os jornais desportivos e ouvindo radio. 

Programas desportivos? Poucos, o Domingo Desportivo e também durante algum tempo um programa chamado Remate ao final das noites na RTP. Apenas tínhamos o canal público nas nossas televisões. 
Em baixo, alguns jogos e reportagens de derbies disputados a norte de Portugal entre os rivais da Invicta.

 

quarta-feira, 18 de março de 2020

OS PINTOS DO FC PORTO

Acompanho tudo o que 'mexe' com futebol desde os meus 12 anos, sensivelmente. 
Em 1987 já devorava tudo o que era jornal e cheguei a ser assinante da Gazeta dos Desportos (que saudades desse jornal que muito incomodava alguma gente mais a norte deste país) e lia os outros 3 porque tinha amigos que assinavam os outros e fazíamos as respectivas trocas. 

Lembro-me perfeitamente de como fosse hoje, de 'muitos Pintos' que se encostavam ao Pinto maior - Jorge Nuno (também de Lima) Pinto da Costa. Era a tentativa de ter o controlo absoluto do futebol português e conseguiram. 

Havia também outro Pinto, o  Adriano Pinto, que foi muitos anos presidente da Associação de Futebol do Porto e, actualmente, outro Pinto (o Lourenço) é que ocupou esse cargo. 

Mas este Lourenço Pinto, nesses longínquos anos, também andou pelo Conselho de Arbitragem e por muitos órgãos importantes do futebol português jurando isenção e honradez. O passado desta criatura é triste e o futuro é incerto. 

Pois bem, esta notícia e esta imagem em baixo explica muito de como era essa dita isenção e honradez. 

Quem ainda me fala em emails e vouchers do Benfica (atenção, não concordo nem gostei de muito do que soube, li e vi sobre algumas práticas de gente perto do presidente do Benfica) e Luís Filipe Vieira, só respondo assim: Luís Filipe Vieira e quem o rodeia, são uns autênticos meninos de coro comparados com os Pintos que sempre existiram a norte deste país à beira mar plantado.


 

terça-feira, 17 de março de 2020

BENFICA E SPORTING CONTRA FC PORTO

Algo nunca visto e que provavelmente nunca mais acontecerá, mas aconteceu em 1980 (1º vídeo). 


Adeptos do Benfica e do Sporting uniram-se essencialmente contra Pedroto e Pinto da Costa numa guerra Norte/Sul sem ponta por onde se lhe pegasse. 
Aconteceu na final da Taça de Portugal referente à época 1979/1980 entre o Benfica e o FC Porto (2º vídeo). 



QUINITO

Há já algum tempo que estava para fazer um post sobre um treinador que eu admirava.

Quinito por onde passava, quase sempre conseguia pôr as suas equipas a praticar um futebol com alta nota artística.

Um dos momentos altos da carreira, foi treinar o FC Porto, equipa que na época anterior tinha ganho tudo!,...mas a sua passagem pelas Antas foi curta, à 11ª jornada saiu!, Pinto da Costa ainda o tentou demover mas sem sucesso. 

Quinito comunicou a saída aos jogadores antes de um Leixões - FC Porto. A notícia caiu que nem uma bomba, o FC Porto estava apenas a 2 pontos do líder Benfica.
Aqui fica alguns dados interessantes que encontrei "no glórias do passado".

Joaquim Lucas Duro de Jesus, conhecido por Quinito, nasceu na freguesia de Bocage na cidade de Setúbal corria o dia 6 de Novembro do ano de 1948. Quinito trata-se de uma das personagens mais marcantes na historia do futebol português nos últimos 40 anos, não tanto pelos resultados desportivos alcançados, que sem serem brilhantes foram sem duvida muito meritórios, mas sobretudo pela sua personalidade exteriorizada de um verdadeiro apaixonado pelo espectáculo chamado de futebol.

Quinito, o menino que na sua infância foi escuteiro, que sempre estudou e quase foi Doutor. Mas a sua paixão eram os touros de tal forma que quase foi toureiro – diz-se que tinha muito jeito para a arte - mas acabou por virar jogador de futebol. Como profissional de futebol foi um dos bons jogadores portugueses da década de 70. Passou pelo Vitoria de Setúbal, pela Académica de Coimbra, CF Belenenses, SC Braga e pelo meio passou 3 épocas em Espanha a representar o Racing de Santander onde ficou famoso. Depois tornou-se treinador quando perspectivava ser suinicultor. Foi “Rei” no Minho, virou “Homem das Arábias”, foi “Mestre”, “Feiticeiro” e ainda o “Mágico Quinas”.

Era o homem que privilegiava a magia no futebol. Era apaixonado pelo espectáculo de futebol artístico com os sentimentos bem revelados à flor da pele. Ele que preferia ganhar 6-5 do que ganhar por 1-0. Apelidaram-no de romântico, poeta, lírico, utópico e excêntrico. Demasiado ousado e muito pouco conservador.

As barbas, imagem de marca de Quinito, resultavam do seu horror aos barbeiros. É dotado de um bom humor adequado a quem esta de bem com a vida e quando não estivesse pelo menos parecia. O seu discurso era muito próprio e os seus comportamentos perante um lance bem conseguido pela sua equipa ou num jogo mais especial eram inimitáveis.

Ele que um dia entrou de fraque no Estádio do Jamor numa final da Taça de Portugal. O Quinito que dava voltas ao banco de suplentes em corrida acelerada festejando um golo dos seus “meninos”. O Quinito que se aninhava, ajoelhava no banco de suplentes. O homem que gritava mas mimava como ninguém os seus jogadores. O Quinito faz falta ao futebol pois é bom para este espectáculo cada vez mais rígido nas regras de conduta que existam pessoas como ele.

E as suas expressões eram deveras sensacionais. A mítica frase de “colocar a carne toda no assador” ou quando se dirigia particularmente aos seus jogadores eram disso exemplo. No FC Porto, por exemplo, afirmou que era o “Gomes e mais dez”, em Guimarães, enquanto treinador do Vitoria, ficou celebre as frases dirigidas ao “pastelão” Pedro Barbosa e sua relação com os croissants. Ou que se fosse rico o comprava para jogar futebol consigo. Mas mais expressões deliciosas existiram e ficaram na memória. Ao Nuno, guarda-redes do Vitoria que se estreava com Quinito, mandou colocar gel e pôr-se bonito para a estreia. Ao Lixa, chamava-lhe o “menino de rua”.

Depois de treinador ainda foi executivo, na SAD do Vitoria de Setúbal, foi jornalista e apresentou programas de rádio. Foi director desportivo também no clube da sua cidade e é professor na sua escola de futebol.

Mas a história de Quinito ligada ao desporto começa miúdo. Depois de deixar o sonho de ser toureiro, tornou-se jogador de futebol nas camadas jovens do Comercio e Industria e mais tarde no Vitoria de Setúbal depois de ter sido descoberto pelos olheiros do principal clube do concelho. Mas ao mesmo tempo que era jogador de futebol, também jogava andebol na equipa de “Os Sadinos”. Tornou-se todavia incompatível a pratica simultânea das duas modalidades. Chegou a atingir o cúmulo de primeiro jogar futebol com a camisola do Vitoria de Setúbal, e logo a seguir jogar andebol pela equipa do “Os Sadinos” contra o próprio Vitoria de Setúbal.

Com 18 anos de idade Quinito ingressou na Faculdade de Medicina em Coimbra e para a cidade dos estudantes seguiu de malas e bagagens para estudar e prosseguir a sua paixão pela carreira de jogador de futebol. Apresentou-se na Académica de Coimbra para treinar e logo no primeiro dia foi chamado por Mário Wilson, treinador da briosa, para integrar o apronto da equipa sénior.

Em Coimbra permaneceu durante 3 temporadas a jogar na Académica e a estudar, muito pouco por sinal, pois não terminou o curso e abandonou a carreira estudantil. De Coimbra prosseguiu a carreira de futebolista em outro clube histórico de Portugal, o CF Belenenses.
Jogou nos azuis do Restelo, até que um dia a equipa do CF Belenenses foi fazer um jogo de preparação contra o Racing de Santander de Espanha no defeso da temporada de 1975/76. Os espanhóis ficaram encantados com aquele médio direito que era lutador, bravo e denotava enorme espírito de sacrifício.


(CF Belenenses em 1969/70)

(CF Belenenses na decada de 70)
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(CF Belenenses na época de 1971/72)

(Quinito no CF Belenenses em 1972/73)

(CF Belenenses em 1972/73)

(CF Belenenses na época de 1972/73)
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(CF Belenenses na temporada de 1973/74)
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(No CF Belenenses em 1973/74)
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(CF Belenenses em 1974/75)
No Racing de Santander o Quinito atingiu o estatuto de vedeta e ali permaneceu durante 3 épocas consecutivas. Na principal liga espanhola, onde a presença de jogadores portugueses era escassa, disputou 72 jogos e apontou 6 golos. Ainda hoje é recordado com muito carinho pela aficion do Racing.
(Caricatura de Quinito)
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(Quinito no Racing de Santander)
Com quase 30 anos de idade decidiu deixar Espanha e regressar a Portugal para vir representar o SC Braga, iniciando dessa forma o seu périplo pelo Minho, primeiro na qualidade de jogador, e mais tarde, enquanto treinador de futebol.
(SC Braga em 1978/79)
(Quinito no SC Braga na época de 1978/79)

(No SC Braga em 1979/80) (Equipa do SC Braga na época de 1979/80)
(SC Braga em 1979/80)

(SC Braga na época de 1979/80)

(No SC Braga na temporada de 1979/80)
(Em 1979/80 no SC Braga)

(No SC Braga na temporada de 1979/80)
(Plantel do SC Braga em 1979/80)
(No Sporting Clube de Braga na época de 1979/80)
 
(Caricatura de Quinito com as cores do SC Braga)
É que no SC Braga a carreira enquanto futebolista foi muito curta, mas foi aí que iniciou com todo o brilhantismo a sua carreira de técnico. E ele que até nem queria ser treinador de futebol. Na verdade, Quinito projectava dedicar-se à suinicultura quando abandonasse o futebol ligando-se ao seu pai na criação de uma empresa de agro-pecuária. Mas não foi assim, pois o bichinho e paixão pelo futebol eram bem maiores.

Como treinador iniciou-se como treinador adjunto de Hilário no SC Braga, tendo mais tarde desempenhado a função no FC Famalicão e no União de Lamas. Regressou ao SC Braga como treinador principal na época de 1981/82, conduzindo os arsenalistas à 7ª posição no Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
(Epoca de 1981/82 treinador do SC Braga)
(SC Braga na época de 1981/82)
Na época seguinte ingressou como treinador principal no Rio Ave FC tendo como seu adjunto Mário Reis, antigo jogador da equipa vilacondense e que mais tarde também veio a tornar-se treinador principal de futebol. O Rio Ave FC, que tinha sido 5º classificado na época anterior, conquistou sob o comando de Quinito a tranquila 8ª posição do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1982/83, destacando-se essencialmente o avançado N´Habola que apontou 20 golos consagrando-se como o 3º melhor marcador da prova e que beneficiou em muito do estilo de jogo ofensivo implantado por Quinito.


(Rio Ave FC na época de 1982/83)

Em 1983/84 regressou ao SC Braga para aí inscrever definitivamente o seu nome na história do clube da cidade dos arcebispos. Quinito colocou o SC Braga a jogar um futebol de qualidade que primava essencialmente pelo jogo apoiado mas espectacular.

No Campeonato Nacional obteve o 4º lugar na prova, melhor classificação de sempre da equipa do SC Braga, logo atrás do SL Benfica, que foi o campeão nacional, e do FC Porto e Sporting CP, mas essencialmente garantiu a qualificação dos bracarenses para as competições europeias da época seguinte.

Ao brilhante desempenho no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1983/84, juntou-se a presença na final da Taça de Portugal frente ao Sporting CP. A equipa de Alvalade treinada pelo não menos excêntrico Malcoln Allison, que acabou por conquistar o troféu, mercê de uma concludente vitoria sobre o SC Braga por 4-0, estava recheada de grandes valores individuais como Oliveira, Jordão e Manuel Fernandes ou o internacional guarda redes húngaro Mezsaros. Para o SC Braga ficava, porém, a honra de chegar à final do Jamor para defrontar o Sporting CP que acabara de se sagrar campeão nacional concluindo assim a famosa “dobradinha”.
(Caricatura de Quinito)
Contudo, o jogo desta final ficou marcado por um episódio que para sempre irá figurar no álbum das melhores memórias da prova rainha do calendário futebolístico nacional. É que o treinador do SC Braga - o aqui recordado Quinito – apresentou-se em pleno Estádio do Jamor para dirigir a sua equipa no banco de suplentes vestido de “smoking” branco e papilon preto. Prometeu que assim o faria e cumpriu. Dizia ele que para um jogo de gala como a final do Jamor nada melhor que se apresentar vestido com uma indumentária à altura da ocasião e daí a sua escolha ter recaído num tradicional fato de cerimónia.
(Equipa do SC Braga na época de 1983/84 na final do Jamor)
. (Quinito de papilon no banco do SC Braga no Jamor)
Quinito foi o treinador do SC Braga no regresso à Europa na época de 1984/85. Contudo, a equipa arsenalista não conseguiu ultrapassar o primeiro adversário que lhe surgiu logo na 1ª eliminatória. E tratou-se efectivamente de um adversário de peso e de renome internacional. Os ingleses do Tottenham derrotaram o SC Braga por 0-3 no Estádio 1º de Maio e infligiram uma pesada derrota por 6-0 no jogo disputado em terras de sua majestade.

No Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1984/85, que seria a ultima época de Quinito ao serviço dos bracarenses, a prestação da equipa foi regular e tranquila, terminando a prova a meio da tabela classificativa, posicionando-se concretamente na 8ª posição.
(SC Braga na época de 1984/85)

(Cumprimentando Henrique Calisto)

O nome de Quinito ficou entretanto famoso também pelo mundo árabe depois de ter passado 2 épocas no Kuwait a treinar o Yarmouk. Por lá granjeou sucesso e reconhecimento e adaptou-se com enorme facilidade à cultura árabe. Vestia frequentemente a desdacha, leu o Corão e envolveu-se na cultura própria daquele povo.
(Quinito no Kuwait na companhia de Manuel Barbosa)

Regressou a Portugal para treinar o SC Espinho na temporada de 1987/88. Mais um clube e uma cidade com que Quinito estabeleceu uma relação afectiva muito próxima. Alias, é assim que Quinito sabe viver. Em Espinho foi muito feliz obtendo um surpreendente 6º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, mas acima de tudo colocou os espinhenses a praticar um futebol espectáculo. Essa época e a carreira que vinha trilhando no futebol português como treinador abriu-lhe as portas do FC Porto que havia sido tão só Campeão Nacional, Campeão do Mundo, vencedor da Supertaça Europeia com Tomislav Ivic e da Taça dos Campeões Europeus com Artur Jorge.
(SC Espinho na época de 1987/88)

Quinito foi escolha pessoal de Pinto Costa, o presidente do FC Porto, para treinar a equipa onde pontificava jogadores como João Pinto, Madjer, Gomes, Jaime Pacheco, André e Sousa. Todavia os resultados não surgiam e a pressão exercida sobre o treinador começou a ser pesada demais para o que Quinito estava habituado. O próprio confessou que não estava preparado para suportar a pressão exercida quer pela massa associativa que estava habituada a ganhar e não tolerava as derrotas que o FC Porto da era Quinito ia sofrendo, quer por parte da comunicação social.

Quinito aguentou apenas até à 11ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão e saiu, apesar do apoio manifestado pelo presidente dos azuis e brancos que tudo fez para demover Quinito da sua intenção de deixar as Antas. No seu lugar ficou provisoriamente Alfredo Murça. Pelo meio, fica na história do clube azul e branco como sendo o treinador que lançou o guarda-redes internacional português Vítor Baia, ídolo do FC Porto, com apenas 19 anos de idade num jogo em Guimarães para o Campeonato Nacional frente ao Vitoria.
(FC Porto na época de 1988/89)

(Quinito com Pinto da Costa no dia da assinatura de contrato com o FC Porto)
(Quinito no FC Porto em 1988/89)
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(No banco de suplentes do FC Porto com Reinaldo Teles)
(Caricatura de Quinito)

(Caricatura de Quinito)
(Caricatura com Quinito)
(Quinito no FC Porto em 1988/89)
(Quinito com Fernando Gomes, avançado do FC Porto)
(Com Fernando Gomes e o adjunto Alfredo Murça)
 
(No FC Porto na época de 1988/89)
Após abandonar as Antas Quinito atravessou um período conturbado na sua carreira de treinador de futebol. Os insucessos e os maus resultados das equipas que orientou depois de treinar o FC Porto foram-se avolumando e a tristeza e desilusão tomando conta do ânimo de Quinito. Mas o bravo lutador viria a dar a volta por cima e endireitar de novo a sua carreira no caminho do sucesso.

Esteve no CS Marítimo na temporada de 1989/90 tendo sido substituído por Ferreira da Costa à 10ª jornada do Campeonato Nacional dessa época. Na mesma edição daquela prova nacional ainda tomou conta dos destinos do Portimonense SC sem contudo evitar a descida à 2ª Divisão.
(CS Maritimo na época de 1989/90)
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Em 1990/91 rumou a Leiria para comandar os destinos da formação do U. Leiria na 2ª Divisão de Honra, mas a meio da temporada foi seduzido pelo seu clube do coração o Vitoria de Setúbal. A equipa sadina acabava de demitir o treinador José Romão à 15ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão escolhendo o mister Quinito, homem da terra para salvar o Vitoria da descida.

Contudo, não lhe correu nada bem o regresso ao seu Vitoria, não sendo capaz de inverter o rumo que a equipa levava na prova, terminando classificada na 17ª posição e consequentemente descendo escalão secundário do futebol nacional. Aquele insucesso da equipa sadina marcou negativamente Quinito, quer enquanto treinador, quer enquanto adepto do Vitoria de Setúbal.

Seguem-se 3 temporadas na cidade de Espinho como treinador principal do Sporting local que se encontrava na 2ª Divisão de Honra. Era um regresso a um clube no qual havia deixado inúmeros admiradores e por via disso o clube ideal para relançar a sua carreira de treinador de futebol.
(Quinito)

(SC Espinho na época de 1991/92)
Na primeira época sagrou-se Campeão Nacional da 2ª Divisão de Honra com o Sporting de Espinho devolvendo o clube ao patamar mais alto do futebol luso. Foi todavia efémero aquele regresso pois na época seguinte, a de 1992/93, o Sporting de Espinho foi de novo relegado ao escalão secundário.

A época de 1993/94 o objectivo era novamente a subida ao 1º escalão do futebol português, mantendo os responsáveis espinhenses a confiança em Quinito para comandar os destinos da equipa. A temporada não começou da melhor forma para a equipa do Sporting de Espinho e por isso ambas as partes decidiram colocar um ponto final na relação.
(SC Espinho na temporada de 1992/93)

(Quinito no SC Espinho)

(SC Espinho na época de 1992/93)
(SC Espinho na temporada de 1992/93)
(Quinito)
(Quinito)
(Quinito)
(Quinito num momento de pesca)
(No SC Espinho na época de 1993/94)
(SC Espinho na temporada de 1993/94)
Quinito saiu do Sporting de Espinho, mas por pouco tempo ficou desempregado pois foi imediatamente contratado pelo Rio Ave FC que militava na 2ª Divisão de Honra. Tratava-se também neste caso de um regresso a um clube que havia trabalhado ainda como jovem técnico. A equipa vilacondense fez uma excelente recuperação mas baqueou no momento decisivo da subida quedando-se pelo 4º lugar na tabela.

Eis que surge na vida de Quinito o convite para treinar novamente um grande clube. Pimenta Machado, presidente do Vitoria de Guimarães, surpreendentemente contratou Quinito para o cargo de treinador principal da equipa vimaranense para a época de 1994/95, regressando desta forma à região minhota onde havia atingido enorme sucesso como treinador do SC Braga.
(Quinito no Vitoria Sport Clube)
(Plantel do Vitoria SC na época de 1994/95)
Quinito recebeu uma equipa que possuía valores de categoria, como o defesa brasileiro Tanta, os médios Pedro Barbosa e Zahovic, e o avançado Dane. Contratou os defesas José Carlos e Vítor Silva, que havia atleta de Quinto no Sporting de Espinho, o médio Pedro Martins, e os avançados Gilmar e Ricardo Lopes.

No Vitoria da época de 1994/95, Quinito conseguiu implantar, com estrondoso sucesso, o seu conceito sobre futebol, estabelecendo uma filosofia de jogo atacante, aberto e de risco, garantindo sempre um bom espectáculo. Conseguiu colocar o Vitoria a jogar bom futebol e simultaneamente a obter resultados condizentes com a valia da equipa.
(Quinito com a sua equipa tecnica no Vitoria SC)
(Em conferência de imprensa no Vitoria SC)
Nessa época a equipa vimaranense passeava classe e impunha um estilo espectacular nos seus jogos de futebol. Era a magia da Quinito elevada ao extremo. As grandes exibições da equipa do Vitoria empolgavam a massa associativa e recebiam o reconhecimento de todos os quadrantes da opinião desportiva.

Ao longo da época coleccionaram-se resultados assinaláveis, com primordial destaque para a vitória alcançada em pleno Estádio da Luz frente ao SL Benfica por 1-3, num encontro em que o Vitoria de Guimarães realizou uma enorme exibição no seu conjunto onde poderia ter obtido uma goleada por números históricos.
(Quinito ministrando um treino à chuva)
(Quinito no seu estilo peculiar dirigindo o Vitoria SC)
No conjunto vimaranense evidenciavam-se vários jogadores, mas o principal destaque ia direitinho para Pedro Barbosa a quem Quinito deu toda a liberdade para explanar todo o seu enorme potencial. Quinito, um apaixonado pelo futebol, encantava-se com o perfume que brotava dos pés daquele jogador em cada lance que executava.

Foi ainda o responsável pelo lançamento na equipa principal do guarda – redes Nuno Espírito Santo, um jovem internacional português, formado nas escolas do Vitoria, repetindo com muitas semelhanças o mesmo que havia feito no FC Porto com guardião Vítor Baia.

O Vitoria terminou o Campeonato Nacional da 1ª Divisão na 4ª posição da tabela classificativa, qualificando-se por essa via para as competições internacionais de clubes, cumprindo o objectivo delineado no princípio da temporada.
(Na companhia de Pimenta Machado, o Presidente do Vitoria SC)
Apesar do sucesso alcançado, Quinito não continuou em Guimarães. Queria regressar a casa para junto da família. Mas na cidade berço deixou muitas saudades, principalmente nos associados do Vitoria que apreciavam sobremaneira o estilo de jogo que implementou e forma como lidava com a própria massa associativa. Quinito havia de voltar à cidade berço.

Colocado novamente na rota do sucesso, em 1995/96 regressou mesmo a casa para novamente treinar o seu Vitoria de Setúbal que militava na 2ª Divisão de Honra. Redimiu-se do insucesso da primeira passagem como técnico pela equipa sadina e obteve o 2º lugar na prova o que permitia recolocar o seu Vitoria de Setúbal novamente na 1ª Divisão Nacional.
(No Vitoria de Setubal em 1995/96)
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(Vitoria de Setubal na época de 1995/96)

Em 1996/97 foi treinador do CF Belenenses, clube que havia representado enquanto jogador de futebol. Não foi feliz e acabou substituído à 8ª jornada por Vítor Manuel. Na mesma temporada rumou à U. Leiria, onde também não teve sucesso, não evitando a descida à 2ª Divisão de Honra.
(CF Belenenses na época de 1996/97)
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(Quinito como treinador do CF Belenenses)
Na época seguinte surgiria de novo a equipa do Vitoria de Guimarães na sua carreira. Corria a época de 1997/98 e o Vitoria encontrava-se posicionado no 2º lugar da classificação quando demitiu o treinador Jaime Pacheco. A equipa vimaranense estava recheada de jogadores de inegável qualidade mas faltava o condimento do futebol espectáculo. A equipa tinha um estilo de jogo cinzento, eficaz é certo, mas faltava-lhe empolgação e brilho. Para isso acontecer nada melhor que contratar um homem com essa filosofia.

Quinito chega assim ao Vitoria, que nessa época realiza um Campeonato Nacional da 1ª Divisão a todos os níveis brilhante atingindo no final da prova o 3º lugar da geral classificativa depois de andar numa luta titânica mas desigual com o SL Benfica pelo o 2º posto que permitia o acesso à Liga dos Campeões.

Desta forma, Quinito inscreveu o seu nome a letras de ouro no restrito lote de treinadores do Vitoria que conseguiram o 3º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão – melhor classificação de sempre do clube – juntando-se assim aos brasileiros Jorge Vieira e Marinho Peres.
(Quinito no banco de suplentes do Vitoria SC)
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(Como treinador do Vitoria SC dando instruções para os jogadores)
Não permaneceu em Guimarães e deixou de treinar. Ficou no desemprego à espera de novas oportunidades. E essa oportunidade iria surgir novamente de Guimarães e do Vitoria. À 7ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Vitoria demitia o treinador Zoran Filipovic escolhendo mais uma vez Quinito para ocupar aquele cargo.

O Vitoria efectuou uma boa recuperação melhorando bastante o seu desempenho na época de 1998/99 mas não conseguiu almejar o objectivo de um novo apuramento para as competições europeias.


Na época de 1999/00 o Vitoria decidiu apostar decisivamente nos jovens jogadores que integravam o seu grupo de jogadores profissionais. Para isso desafiou Quinito a continuar no cargo de treinador da equipa principal e a assumir a aposta. Quinito gostava desses desafios e os jovens jogadores encantavam-no.

Fernando Meira, Jairson, Lima, Rego, Pedro Mendes, Kipulu e Lixa era alguns dos exemplos dos jogadores que Quinito queria apostar. A Fernando Meira entregou-lhe a braçadeira de capitão de equipa e colocou-o a jogar na posição de defesa central onde se destacou e ainda hoje se destaca como um dos melhores jogadores portugueses naquela posição.
(Vitoria SC na época de 1999/00)
A Pedro Mendes reconhecia-lhe a capacidade de um verdadeiro mestre no terreno de jogo e por Lixa encantou-se perdidamente pelo seu talento de “menino de rua” com toda aquela técnica e habilidade que Quinito iria moldar.

O Vitoria realizou um campeonato sempre próximo dos lugares da frente na classificação, mas que infelizmente veio a baquear na ponta final da prova não logrando obter um lugar europeu. Nem Quinito veio a terminar a sua ligação com o Vitoria de Guimarães.

As relações entre Quinito e Pimenta Machado azedaram definitivamente na sequência do processo eleitoral verificado no início do ano de 2000. Nessa altura Pimenta Machado contratou 4 jogadores brasileiros para o plantel do Vitoria à revelia de Quinito dizia-se. A verdade é que desde então a relação entre ambos nunca mais foi a mesma acabando por degradar-se completamente quando os resultados obtidos pela equipa de futebol começaram a ser negativos.

Quinito rescindiu o contrato de trabalho que o vinculava ao Vitoria alegando justa causa porque não sentia condições para continuar a comandar a equipa reclamando uma indemnização. O Vitoria, por seu turno, entendia que a desvinculação fora efectuada sem qualquer justa causa e também reclamava uma indemnização pela quebra do vínculo.

As partes chegaram mesmo a gladiar-se em Tribunal na defesa das suas posições dando origem a um processo judicial que veio a terminar, felizmente, com a obtenção de um acordo entre o Vitoria e o treinador Quinito.

A carreira de treinador de Quinito viria ainda a conhecer um novo clube. Na época de 2000/01 assumiu o comando técnico da equipa do Estrela da Amadora, mas a sequencia de maus resultados obtidos pelo conjunto da Reboleira veio a redondar na rescisão amigável do contrato que ligava ambas as partes.
(No CF Estrela da Amadora em 2000/01)
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(CF Estrela da Amadora na época de 2000/01)
. (No banco de suplentes do CF Estrela da Amadora)
(No dia da rescisão de contrato com o CF Estrela da Amadora)
(Dirigindo um treino no CF Estrela da Amadora)

Terminou aqui a carreira do treinador Quinito, que no entanto, continuou de uma forma ou de outra ligado ao fenómeno do futebol. Dedicou-se mais às suas escolinhas de futebol e à comunicação social. Foi director do semanário “Setúbal Desportivo” e apresentou um programa de rádio intitulado “Magia da Bola” na Rádio Voz de Setúbal.
(Quinito na Rádio)
Foi ainda administrador da SAD do Vitoria de Setúbal por indicação da Câmara Municipal daquela cidade como accionista SAD e mais tarde ocupou no mesmo clube o cargo de Director Desportivo, função que abandonou durante o ano de 2007.
(Como Director da SAD do Vitoria de Setubal)
(No Vitoria de Setubal, SAD)

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