terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

E o Braga levou a Taça

Hoje, há taça no Dragão - 1ª mão das meias finais entre FC Porto e SC Braga. 

Faltando ainda 'alguns minutos' para esse embate, nada como recordar o último confronto entre ambos, no Jamor e, com Braga a levantar o troféu rumando a seguir para a cidade dos Arcebispos.


 

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Não jogas mais, vais para a bancada

O que aconteceu hoje na Final da Taça da Liga inglesa, entre Chelsea e Manchester City não lembra ao diabo. 

Maurizio Sarri não merecia o desrespeito do guarda-redes Kepa. Comigo, não calçava mais.


Um jogo dramático para os italianos...

...no mundial de 1990, em Nápoles - Itália. Maradona no 'seu estádio' saiu vencedor contra o país onde mais brilhou.


 

Tal e qual a duas peixeiras...

...que na maior parte das vezes merecem mais respeito do que estes dois 'cartilheiros'.


 

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Uma Besta será sempre uma Besta

Além da 'malcriação' de ontem, hoje, lança um post no Facebook com perguntas a Frederico Varandas. Mas por raio não contrariou ontem o actual presidente com factos concretos? 


Por exemplo - o tal milhão e tal que foi para essa empresa de advogados onde estava o amiguinho e o ex-sogro? O dinheiro que foi só para a conta do ex-sogro?, ficou só para ele? 


Era importante saber. A única saída foi o costume, ser mal educado.



Bruno de Carvalho: «Tenho o mesmo sentimento pelo meu sogro do que por Varandas»

Ex-presidente do Sporting ignorou perguntas sobre contratos com empresa chinesa e com o Batuque FC

Bruno Carvalho defendeu, em conferência de imprensa realizada na Livraria Bertrand, no Porto, das acusações tecidas pela direção leonina, presidida por Frederico Varandas, sobretudo na questão que envolve o sogro, pai da ex-mulher Joana Ornelas.

"Eles garantiram que não iam mentir mais aos sportinguistas mas isto é tudo uma mentira pegada (sobre o contrato com a MGRA, que em 2018 contratou o sogro de BdC). Um milhão foi pago em cinco anos. Se virem o valor anual que é pago, e se perceberem que o Sporting deu sempre lucro nos nossos mandatos, percebem perfeitamente que o trabalho que esta empresa realizou foi fantástico", explicou o antigo líder verde e branco, passando para o contra-ataque. 

"Alexandre Godinho saiu da empresa, portanto ‘a empresa de Alexandre Godinho, não’. E depois num processo de seleção, entrou uma pessoa que já não diz nada, que é o meu antigo sogro. Tenho exatamente o mesmo sentimento pelo meu sogro do que por Frederico Varandas...  O problema da MGRA não é mais meu. Isso é um problema deles, se têm lá uma pessoa com o caráter do meu sogro. Por isso, quero dizer que é totalmente falso. Quando saímos, devia-se ainda umas centenas a essa empresa…", lembrou Bruno de Carvalho.

À pergunta sobre os contratos estabelecidos com a Xau Lda e com o Batuque FC, Bruno de Carvalho fugiu ao assunto e centrou a atenção na equipa B. "Uma das lutas, desde que cheguei ao Sporting, foi acabar com a equipa B. Agora é fácil a estes catraios falarem da equipa B porque já não existe. Por muito que não gostasse, o Sporting aceitou fazer mais um triénio de equipa B para ajudar as equipas da 2ª Liga, e com isso tinha de se contratar jogadores. Que eu nunca quis que isso acontecesse, sempre fui contra a equipa B e sempre a favor dos sub-23", referiu. "Podem perguntar às pessoas da Federação, que vão dizer que afinal eu tinha toda a razão quando disse que a equipa B não era um bom caminho de progressão para os jogadores mas sim os sub-23. Fui eu que disse isso na Federação faz 4 anos. Por isso, se descemos de divisão, não era do nosso interesse. Por coincidência, porque se fala tanto de dinheiro, em 3 jogadores, num comunicado enviado à CMVM, o Sporting pagou de comissão 1,5 milhões de euros. Doumbia (480 mil euros), Luiz Phellype (200) e Plata (400). Mas isso não interessa", finalizou o antigo presidente do Sporting.


Coragem de Varandas indispensável ao Sporting

Mais um bom artigo de opinião sobre a actual crise leonina. Desta vez, por Rui Santos.

Menos de 24 horas depois da eliminação do Sporting na Liga Europa, Frederico Varandas falou do ‘estado da nação sportinguista’, numa intervenção pré-agendada e que gerou alguma expectativa, depois do ex-presidente ter realizado um conjunto de considerações que também o visaram.
Há a tese de que Frederico Varandas, até agora, se havia escondido atrás do biombo da sua fraca apetência para comunicar. É preciso não esquecer que o seu antecessor era o exemplo, até então não observado, do excesso de comunicação. Tudo servia de pretexto para comunicar. Pelas vias mais clássicas ou através das redes sociais. Um ritmo alucinante, uma obsessão, com consequências desastrosas.

E hoje há dois Brunos que dialogam um com o outro, como se houvesse (e se calhar há) duas personalidades antagónicas dentro da mesma pessoa, que a fazem contraditória, ambivalente, dissimulada, ora em estado de autocrítica, às vezes pungente, capaz de poder fazer derramar, eu sei lá, um mar de lágrimas entre os seus ‘fiéis’, que são poucos mas ruidosos (para pareceram mais do que são, efectivamente), ora em estado de brutalidade dialéctica, atacando tudo e todos, para defender, afinal, o seu ‘outro’ — o das pureza e canduras. E disso tivemos, ontem, mais um exemplo, com o ‘animal feroz’ a tentar demonstrar, na resposta a Varandas, que é absolutamente inofensivo e não provocou qualquer dano ao Sporting. O Bruno dos ‘dentes de leite’, todavia, a pingar sangue — o Bruno dos ‘dentes de sangue’, vidrado na proporção das pequenas-grandes vinganças.

A intervenção de Frederico Varandas, com base nalgumas informações que o relatório final da auditoria irá demonstrar, começou por revelar que o Sporting (de BdC) pagou 1,7M€ em 3 anos a uma sociedade de advogados (MGRA) por trabalhos relacionados com assuntos, aconselhamento e contactos da presidência. Em 3 anos gastou-se mais, neste tipo de serviços, do que em 16?!!! Àquela empresa estavam associados o ex-sogro de Bruno de Carvalho e o ex-vogal da Direcção, Alexandre Godinho, um dos maiores defensores e apoiantes do regime brunista, quando este ameaçava colapsar. Trata-se, indiscutivelmente, de um tema (entre outros) que interessa aprofundar para se perceber definitivamente esta permanente representação de um lobo que adora transformar-se numa inofensiva ovelha — o lobo que bale —, porque esse aprofundamento ajudará a compreender a dimensão de outras suspeições que recaem sobre o ex-presidente do Sporting. Aliás, ainda está por explicar como é fácil "roubar um clube de futebol". Se calhar, é.

Toda a gente entende a afirmação de Frederico Varandas segundo a qual o ataque à Academia de Alcochete constituiu "o maior rombo financeiro e desportivo da história do clube" e toda a gente sabe quem gerou as condições para que o Sporting visse rebentar dentro das suas próprias instalações um dos barris de pólvora mais indignos da história do futebol. Parece fácil restaurar todos os estragos (e as consequências financeiras, cujas contas finais serão apuradas a seu tempo), mas não é. O Sporting precisa de tempo para sarar feridas tão profundas. E isso só poderá ser feito, se os sócios do Sporting perceberem o que aconteceu ao clube e quem o atirou para uma situação tão delicada. E alcançarem negócios como os que foram realizados com o Batuque FC. O Sporting tinha direito de preferência sobre 7 jogadores daquele clube cabo-verdiano? Que jogadores? Como se justificam os 330 mil euros pagos nessas operações?

Ontem, Frederico Varandas — sem ruído mas com coragem — colocou o dedo em várias feridas. Uma delas foi a das claques. Na verdade, é preciso ter coragem para mexer no vespeiro. Naquilo que ele representa de subversão de todos os valores que devem estar associados ao desporto e às sociedades. Varandas relembrou que fez parte da Juve Leo quando não (lhes) era dado nada em troca. As claques, entretanto, por responsabilidade das Direcções, passaram a ser espaços de negócio e de poder. E o clube ficou e estava refém das claques. Dos seus caprichos e das suas exigências. Desmantelar esse processo não é fácil. Mas é um imperativo de consciência para quem quer fazer crescer o clube. E, para isso, como diz Varandas, as claques não podem estar acima dos sócios que pagam as suas quotas e bilhetes e que se devem enquadrar num regime de normalidade.

Em suma: Frederico Varandas vestiu a sua ‘bata branca’ para, em ambiente de ‘guerra’, fazer passar a mensagem de que os mortos são para enterrar e os feridos são para tratar e recuperar. O leão tem queimaduras de terceiro grau, de regeneração muito difícil. Há quem não queira que o Sporting saia dos ‘cuidados intensivos’. O trabalho na Academia é para anos. Pedir resultados imediatos é uma utopia e pode ser um suicídio. O Sporting precisa de recuperar o seu caminho, com responsabilidade e exigência internas, dia após dia, e afastar desse caminho quem lhe fez ou faz mal. Muito mal - e até com algum gozo-sadismo.



JARDIM DAS ESTRELAS -A noitada de Militão


Militão achou que poderia "ir para a noite", em vésperas do jogo com o Tondela. Menos compromisso a meses de sair do Porto? Inaceitável, quando a equipa se debate com várias ausências: Soares e Marega, no ataque, para além de Aboubakar; Danilo no ‘miolo’e ainda todos os esforços para recuperar Brahimi. A resposta foi… excelente. O FC Porto esteve muito bem, em Tondela.

CACTO -Duas expulsões na eliminação?!…

O Sporting é eliminado da Liga Europa, muito pelo que (não) fez em Alvalade no jogo da primeira mão, mas também pela falta de consciência profissional dos seus jogadores, no caso vertente de Acuña e Jefferson.

Uma expulsão em cada jogo e ambas perfeitamente evitáveis. Em Lisboa, minuto 77, com o resultado em 0-1: Acuña já vira ‘amarelo’, tem uma entrada imprudente, de pé alto, sobre a perna direita de Raba e reduz as possibilidades do Sporting em alcançar um melhor resultado.

Em Villarreal, minuto 50: Jefferson (curiosamente o substituto de Acuña) pisa Lambrich, vê segundo ‘amarelo’ e é expulso. O Sporting fica claramente diminuído e foi uma questão de tempo para a equipa espanhola marcar o golo que lhe garantiria a passagem aos oitavos-de-final. Jefferson podia ter evitado a pisadela sobre o adversário e, sabendo que tinha um ‘amarelo’, todos os cuidados eram poucos.

Em vez de se colocar as culpas nos árbitros e especular sobre o fraco poder do Sporting e do futebol português nas instancias internacionais, talvez fosse mais útil matar o mal pela raíz, isto é, fazer perceber aos jogadores que, quando têm ‘amarelos’, têm de ser muito mais responsáveis. O Sporting não está em condições de sustentar jogadores que não beneficiam o clube e, nalguns casos, até o prejudicam.
daqui

A Loja do Abel abanou

Se dúvidas houvesse, elas ontem ficaram dissipadas - este Braga ainda não tem 'andamento' para ser campeão. Mesmo com aquele discurso 'louco' e com palavras bonitas, o Abel Ferreira não conseguiu continuar mobilizar o plantel rumo a esse objectivo. 

Porquê? Porque os jogadores aperceberam-se que além de ser um discurso 'louco', não era realista e era 'acriançado'. 

Quando isso acontece, há que mudar de estratégia para acabar a época na melhor classificação possível. A equipa da Codecity, denominada Belenenses SAD, venceu com todo o mérito. 

Quem ontem somou mais três pontos, foi o FC Porto em Tondela. Vitória inteiramente merecida de quem fez mais por isso. Mesmo com tantos lesionados, conseguiram passar 'num estádio' que por vezes é difícil.

Na próxima semana há clássico no Dragão com o Benfica. Decisivo? Não me parece, ainda fica a faltar muito campeonato.



 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Marega, Pinto da Costa e Francisco J Marques

Digam-me que estas imagens são montagens, digam-me também se é mesmo verdade que Marega regressa aos relvados na próxima terça-feira. 

Não me 'fodam', a medicina não está assim tão avançada para um rutura ser 'curada' em tão pouco tempo, nem na China nem no Dubai.



 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Hoje é o dia...

...de Benfica e Sporting tentarem seguir para os 1/8 final da Liga Europa. Na teoria, os encarnados levam uma boa vantagem do jogo da primeira mão, os leões não, terão de correr atrás do prejuízo. Tudo pode acontecer logo mais.



terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O livro de BdC e o erro de Cintra

Ora aí está um excelente artigo de Bruno Prata sobre essa 'espécie' de presidente que o Sporting teve durante aproximadamente cinco anos e meio.





O incorrigível Bruno de Carvalho (BdC) continua sem perceber que a fruta, quando apodrece, não volta a ficar madura. Acolitado por um cortejo de seguidores que poderá sempre variar em função dos resultados desportivos do Sporting (mas que dificilmente deixará de ser demasiado acanhado para as suas mal disfarçadas cobiças), o presidente deposto lançou há dias um prospeto rancoroso e propagandista, com 208 páginas. A obra, intitulada "Sem filtro", é bem capaz de ter no título o seu apogeu em termos de autenticidade e exatidão. 
O seu polemizado recheio chegou-me graciosamente às mãos e, devo assumi-lo, até fiz um esforço para o ler, até por utilidade profissional. Mas renunciei rapidamente à penitência, após folhear aleatoriamente uma dúzia de páginas. E não foi tanto por o título do livro me remeter, de forma subliminar, para vetustos e nefastos vícios tabagísticos: limitei-me, confesso, a dar prioridade na leitura ao "The Book of Lies" (O Livro das Mentiras), um romance policial moderno que o norte-americano Brad Meltzer lançou em 2008. Pareceu-me uma escolha não só mais literata, mas também mais autêntica.

A verdade é que as diversas pré-publicações do "Sem filtro" e as múltiplas entrevistas de Bruno de Carvalho nas televisões e na imprensa, bem como a vasta cobertura com que a comunicações social obsequiou a apresentação pública do "Sem filtro" (longe vão os tempos em que BdC vozeava contra o quarto poder), acabaram por nos dar um panorama suficientemente abrangente do opúsculo.

Basicamente, BdC diz cobras e lagartos sobre todos com quem se cruzou nos corredores do futebol durante a sua imprópria passagem pela presidência do Sporting. Não se salva quase ninguém, incluindo muitos daqueles que lhe deram suporte até ao fim, como foi o caso do "vice" Carlos Vieira. Nem sequer a sua ex-mulher, mãe da sua filha mais nova, numa mistura mórbida do público e do privado que não é nova e que volta a indiciar uma redenção impossível e uma consciência atormentada. E caso se confirme a publicação do segundo volume de "Sem filtro", não é sequer de excluir a possibilidade de até o bichano doméstico ser acusado de perfídias e infidelidades… Vá lá, mantém-se cortês e deferente para com o "aliado" FC Porto, porque quem conhece a real história da sua relação com Leonardo Jardim só tem de desconfiar de elogios tão serôdios. No meio daquela verborreia, descobre-se que BdC questionava os planos de treino de Marco Silva e também uma insinuação que é falsa: após aquele inenarrável episódio da dor nas costas no banco de suplentes, não foi Frederico Varandas que fotografou o então presidente deitado na marquesa da enfermaria. 

As teorias da conspiração e as conjuras de que BdC se diz vítima são tão rebuscadas como as palavras usadas no pedido de desculpa a Carlos Barbosa que recentemente teve de publicitar (e certamente pagar) nos jornais, para evitar, julgo, males maiores. Mas uma coisa é dar validade ou não a José Maria Ricciardi quando este contesta o episódio em que supostamente se ajoelhou aos pés de BdC e outra, bem diferente, é desprezar o estropício que este livro representa para um Sporting que se esfoça por sair do atasqueiro em que dirigentes pouco responsáveis o deixaram cair.

Esta tentativa livresca de higienizar um pouco a imagem de BdC só deve funcionar junto daqueles que, entre outras coisas graves, deitam para trás das costas a acusação relativa aos 98 crimes que pende sobre BdC, incluindo a de ser o principal instigador do ato mais infame de sempre no desporto português. BdC, que entregou uma caução para aguardar o julgamento em liberdade, tem obviamente direito à presunção de inocência. Mas não pode agir como se não estivesse a cumprir uma suspensão de um ano que o deve impedir de se recandidatar aos órgãos sociais do clube nos próximos seis anos. Salta à vista que ele quer aproveitar esse tempo para o "lifting" completo e para, ao mesmo tempo, arregimentar mais tropas no combate canalha à atual liderança. 

Não ter percebido este cenário foi o erro mais preeminente da gestão transitória de Artur Torres Pereira e Sousa Cintra: Bruno de Carvalho devia ter sido expulso o mais rapidamente possível, como propunha a comissão de fiscalização. Se, nessa altura, foram expulsos sócios acusados de usurpação de funções, muito mais depressa deveria ter sido quem os nomeou para um órgão fantasma. E vai sendo tempo de ser conhecida a auditoria forense.


Guardaram-se os lenços

O Sporting passou, no espaço de três dias, da derrota e provavelmente da pior exibição da época, frente ao alquebrado Villarreal, para um triunfo suculento e uma prestação virtuosa perante o habilitado Sp. Braga. Guardaram-se os lenços nas bancadas e Marcel Keizer foi justamente elogiado por ter surpreendido o adversário com um sistema (3x4x2x1), um modelo e dinâmicas que, naquele jogo e perante aquele adversário, tornaram a equipa mais consistente e perigosa. Viram-se zonas de pressão bem definidas e uma primeira fase de construção com outra consistência. Abel Ferreira demorou demasiado tempo a perceber a armadilha, designadamente a forma inteligente como o Sporting arrastava Sequeira para projetar Ristovski. Saltou à vista que principalmente Acuña e Diaby ficaram mais cómodos nos novos papéis, o que não é surpresa, ao contrário da interessante adaptação de Borja a central. Wendel deve ter acabado com todas as dúvidas sobre a sua qualidade e Bruno Fernandes já valeria uns milhões estratosféricos se estivesse numa equipa mais exportável.

Mas este desfecho, que relança pelo menos a luta pelo terceiro lugar, também deve suscitar outro tipo de leitura, tendo em conta até as sete alterações no 11. Que é como quem diz: as segundas linhas do Sporting deixam muito a desejar e jogadores como Bruno Gaspar, Petrovic, Miguel Luís e mesmo Jovane não são (ainda) alternativas credíveis, ao contrário do que parece mostrar Doumbia. Tendo em conta as escolhas que foram feitas no último confronto da Liga Europa, pode mesmo questionar-se se as prioridades terão sido as mais corretas. 

Mas a vitória do Sporting teve outro préstimo importante, designadamente para uma administração que continua a cometer erros comunicacionais de palmatória. Como se não bastassem algumas declarações pouco cristalinas e até comprometedoras do presidente antes do confronto com o Benfica, a conferência anunciada para sexta-feira (onde será feito um balanço e analisada a atual situação) foi marcada com quase uma semana de antecedência, o que foi, pelo menos, aventureiro. Até nisso ajudou o engenho de Keizer.
Artigo de Bruno Prata no Jornal Record

Benfica passou com distinção no terreno do Aves

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Venceram mas nota-se uma quebra a todos os níveis



O Sporting perde em Alvalade com o Villarreal e vai ser muito difícil operar a reviravolta em Espanha. O Villarreal não ganhava um jogo há dois meses e não alcançava um triunfo fora de portas há praticamente cinco meses, o que prova a fragilidade actual do adversário dos leões – penúltimo da liga espanhola e, portanto, neste momento em lugar de descida de divisão.
Foi o 21.º jogo de Marcel Keizer como treinador do Sporting e tem neste momento 57% de vitórias – embora com o troféu da Taça da Liga conquistado –, cuja média é inferior às de José Peseiro (com menos jogos) e Jorge Jesus (com muitos mais jogos), ambas a cifrarem-se nos 64%.

Marcel Keizer foi, como se sabe, uma aposta de risco. Uma aposta assumida por Frederico Varandas, recém-chegado à presidência dos leões e nada convencido com a escolha de Sousa Cintra para fazer face à saída de Jorge Jesus e à entrada de Sinisa Mihajlovic, ambas protagonizadas durante a fase final da presidência de Bruno de Carvalho.

Frederico Varandas, para além de querer um treinador da sua escolha, queria um técnico que mudasse o paradigma do futebol do Sporting: um treinador que fosse capaz de patrocinar um futebol virado para o ataque e, com ele, levar mais público a Alvalade.

Foram colocadas, naturalmente, muitas dúvidas sobre o currículo do técnico holandês e, num ápice, ele consegue dar crédito à agenda e às intenções de Varandas, construindo um ciclo virtuoso de 7 vitórias em 7 jogos – e o Sporting parecia ter-se transformado numa máquina de golos (média superior a 4 golos marcados por jogo). A derrota em Guimarães foi o primeiro sinal de que, crescendo a qualidade dos adversários cresceriam também as dificuldades do Sporting (a excepção fora o Rio Ave, em Vila do Conde), e o desaire em Tondela, da maneira como aconteceu, estabelecia então o choque incontornável entre a questão conceptual e a questão mais prosaica do rendimento em campo.

Começaram então a surgir não apenas as ‘50 sombras de Keizer’, mas também todas as questões a emergir da realidade do futebol do Sporting e que foram sendo camufladas por uma gestão racional e equilibrada de José Peseiro, não obstante os défices que, naturalmente, se poderiam identificar à superfície dessa realidade, algumas das quais relacionadas, também, com a liderança técnico-táctica, não muito do agrado do presidente Varandas.

O estado de graça de Keizer levou um safanão em Guimarães, mas perdeu-se de facto em Tondela. Porque (na altura) um ‘candidato ao título’ não pode perder como o Sporting perdeu em Tondela. A seguir veio o jogo com o FC Porto em Alvalade, durante o qual o Sporting conseguiu, aqui e ali, e genericamente, bloquear os movimentos do campeão nacional; a conquista da Taça da Liga (dois empates transformados em vitórias, no desempate por pontapés de grande penalidade, perante Sp. Braga e FC Porto) e os leões ou aparavam a juba e continuavam no seu ‘concurso de beleza’ ou caíam no charco da sua realidade mais profunda. Em abono da verdade, não constitui grande surpresa quando, primeiro no Bonfim e depois no duplo confronto com o Benfica, o Sporting já não conseguiu espetar as garras.

Não foram só os resultados. Foram as exibições. E se, no jogo em Alvalade com o FC Porto, Keizer percebeu que não basta querer jogar ao ataque para se ganhar, adaptando a equipa às realidades da competição e ao perfil do adversário, nos outros jogos a inépcia foi total.

A exibição e o desempenho frente ao Villarreal chegou a ser patético. Patético, porque os jogadores davam a sensação que estavam perdidos no campo, sem nenhuma noção da ocupação de espaços e do equilíbrio que é preciso promover entre os movimentos com bola e as movimentações sem ela. 

É claro que falta muita coisa ao futebol do Sporting. Faltou, primeiro, cérebro (algo que o ex-presidente atirou para uma bacia de ácido) e, sem cérebro, para reanimar um corpo e dar-lhe de novo vida (cerebral) não basta estalar os dedos. A realidade do Sporting parece um daqueles puzzles em que faltam sempre peças. Não uma nem duas, mas muitas peças. E, quando se descobre uma, logo se perde outra. É o tal jogo autofágico, de comedores de peças, que o clube de Alvalade se tem vindo a alimentar, provocando ao leão sucessivas péssimas digestões.

Há muita coisa que falta ao Sporting fora do campo. Mas o que se viu, nos últimos jogos dentro dele, é de uma pobreza enorme. O que significa que, se os leões não conseguirem dar uma resposta capaz frente a um dos seus competidores directos no próximo domingo (Sp. Braga), o Sporting volta a debater-se (entre outros e infindáveis défices) com a falta de… treinador. Não é, Keizer? Não é, Frederico Varandas?

NOTA – A expulsão de Acuña frente ao Villarreal reflecte muito a realidade do futebol do Sporting: falta de mentalidade e responsabilidade para representar o clube de Alvalade. A falta de exigência e, às vezes, a falta de vergonha. São muitas faltas e são muitas as hienas-leoninas à espera que a carne apodreça. Com ou sem filtro.

* Texto escrito com a antiga ortografia


JARDIM DAS ESTRELAS -- 4 ESTRELAS

‘Benfica-chucha’
de ‘SpeciaLage’


O Benfica ainda não tinha vencido na Turquia até à passada quinta-feira. Fê-lo com um novo treinador, que já é uma espécie de ‘SpeciaLage’, não pelas conquistas e pelo currículo mas por aquilo que, em tão pouco tempo, conseguiu construir dentro da equipa encarnada, e fê-lo com uma nova equipa, introduzindo-lhe no onze titular seis ‘bebés do Seixal’. À partida, a ideia de desvalorizar este jogo da Liga Europa seria legítima, porque o futebol apela, em tese, a que joguem sempre os melhores, ao grau de preparação dos jogadores, que precisam de minutos de competição para evidenciarem as suas melhores qualidades, e às rotinas e mecânicas colectivas que se adquirem com o jogo e o entrosamento dinâmico. A ‘operação-Instambul’ provou que o futebol está sempre a contrariar princípios metodológicos e científicos e o ‘Benfica-chucha’, com os seus ‘Florentinos do Seixal’, mesmo sem rotinas adquiridas, tiveram um comportamento competitivo muito interessante, e isso só pode ter a ver, não apenas com a qualidade dos executantes, mas com os princípios passados pelo treinador Lage (‘SpeciaLage’, neste sentido) nos treinos e nos jogos. E, de facto, não é preciso nada de muito especial: apostas e mensagens claras – trabalho sério. Muito bem, Lage, que pode estar muito perto de ganhar o… ‘euromilhões".


O CACTO

… Mas alguém
tem dúvidas?!


Há coisas tão simples de resolver que levam uma eternidade, em Portugal e no futebol português, por causa das diligencias intermináveis, da permissividade que permite recursos para tudo e mais alguma coisa, não porque as matérias o justifiquem mas para – através dessas manobras dilatórias – alimentar a circocracia do pontapé na bola e a não assumpção de responsabilidades…
… Mas alguém neste país tem dúvidas (como não tem a acusação deduzida) que o Benfica tinha conhecimento da actividade das claques No Name Boys e Diabos Vermelhos?!… Não se brinque com coisas sérias.
Artigo de Rui Santos no Jornal Record.

Bardamerda para a maioria dos analistas

  Ansioso para ler e ver o que tem a dizer os 'cientistas da bola', depois de anteontem o Barcelona ter 'empacotado' 8 batat...