terça-feira, 31 de dezembro de 2019

ENTREVISTA COM JORGE JESUS

Para quem não teve oportunidade de assistir, aqui fica a entrevista de Jorge Jesus à RTP. 
Caso o vídeo fique bloqueado, pode entrar directamente clicando aqui.


 

O PREÇO CERTO DA LENKA DA SILVA

Nada como sair de 2019 e entrar em 2020 com a Lenka da Silva. Continua uma brasa.
A todos os que por aqui passam, desejo umas boas saídas de 2019 e umas melhores entradas em 2020.

 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

O SOCO E O MALUQUINHO

O caso do túnel do Jamor está assombrado por muitas dúvidas: agrediu Sérgio Conceição o colega de profissão Pedro Ribeiro?
Ou terá sido outro o agressor e o agredido fez confusão? Agressão houve!

A revolta do técnico do Belenenses SAD, que percorreu dezenas de metros a gritar que tinha levado um soco não é normal. Só um maluquinho faria isso sem qualquer razão.
O Silêncio do treinador do Belenenses SAD pode estar relacionado como o depoimento que iria prestar às entidades competentes. Até agora, este silêncio em publico só o prejudica.
E, aqui, tudo leva a crer que em sede de inquérito mudou o bico ao prego.

Porque digo isto?
Porque Sérgio Conceição já veio afirmar que não lhe deu soco nenhum.

E porque demorou tanto tempo o treinador do FC Porto a vir a público dizer o que disse?

Fácil: esperou para ter a certeza que as camaras de vigilância não tinham detectado nada e pela confirmação de uma 'toupeira' na sede da liga 'cuspir' cá para fora que o treinador do Belenenses SAD em sede de inquérito não o tinha acusado.

Só espero que Pedro Ribeiro tenha, finalmente, chamados os bois pelos nomes e tenha dito quem, afinal, lhe deu o soco.
O que é que isto vai dar?
Na minha opinião, nada!,...'amigos' como dantes e o Pedro Ribeiro ficará provavelmente como mentiroso.

sábado, 28 de dezembro de 2019

A falta de nível do futebol português



A Associação Nacional de Treinadores (ANTF), liderada por José Pereira, esgotaria o seu crédito se, depois da posição tomada sobre a contratação de Jorge Silas pelo Sporting, não fizesse o mesmo em relação a Rúben Amorim, ex-jogador do Benfica e recentemente ‘promovido’ pelo SC Braga para ocupar a vaga resultante do despedimento de Ricardo Sá Pinto.

1 - Já uma vez abordei este tema e o ponto está exactamente na questão relacionada com aquilo que é a actividade da um treinador de I Liga. Faz algum sentido que os treinadores sem o nível IV possam fazer TUDO o que está relacionado com a actividade de uma equipa do escalão maior do futebol em Portugal MENOS colocar o seu nome como treinador principal dessa equipa nas respectivas fichas de jogo?! É absurdo e, convenhamos, até um bocadinho estúpido. Se treinadores SEM o nível IV podem liderar, em equipas técnicas, treinadores COM o nível IV, estamos afinal a falar de quê?!

2 - Quer dizer: Jorge Silas e Rúben Amorim dão os treinos aos jogadores que com eles trabalham (quase) todos os dias, gerem os recursos e as convocatórias como bem lhes aprouver, acabam por decidir tudo o que se passa na hora-e-meia de cada competição, incluindo as substituições, mas o seu nome não pode constar nas respectivas fichas de jogo nem estão autorizados a falar em ambiente de ‘flash interview’. Isto faz sentido?

3 - Todas as profissões têm as suas especificidades e a do futebol talvez encerre uma ainda maior, porque o futebol tem as suas regras próprias e não é por acaso que ele é genericamente reconhecido como um ‘estado dentro do próprio Estado’. Os regimes jurídicos legitimam esta actividade mas já se percebeu há muito que o futebol — não estando sozinho — tem um grave problema de autorregulação e os governos fecham os olhos e fazem de conta que os incêndios, quando existem, devem ser apagados pelos próprios pirómanos, quando é caso disso. E é muitas vezes ‘caso disso’. 

4 - Vem isto a propósito da parte mais relevante — e quiçá mais desinteressante para a opinião pública — do comunicado emitido pela Associação de Treinadores: "A ANTF irá propor ao Governo a alteração do Regime Jurídico das Federações Desportivas, no sentido de ser retirada aos clubes (Liga) a autonomia que, presentemente, lhes assiste para decidirem em causa própria em matérias tão sensíveis como a elaboração do regulamento de competições, assim como as consequências do seu incumprimento".

5 - Este é um ponto essencial, que defendo há muitos anos nas minhas intervenções públicas: os clubes, com escassa ou nenhuma capacidade para separar o trigo do joio e orientar a sua acção no sentido da implementação e protecção das boas práticas, não podem continuar a decidir em causa própria. Os quadros sancionatórios, por exemplo, são ridículos e irrelevantes. Os clubes, em Portugal, nem conseguem debater a ideia de que a protecção do futebol só se faz se os órgãos decisórios e as instituições tutelares tiverem a capacidade de punir comportamentos que não se coadunam com o espírito do jogo, cujo expoente máximo se encontra na Premier League, em Inglaterra.

6 - Ora se os clubes em geral, dominados pelo poder dos mais fortes, não são capazes de pôr termo a esta desconformidade, alguém tem de dizer que o rei vai nu. O organismo liderado por José Pereira colocou o dedo na ferida. Mas temo que fique a falar sozinho, porque o poder político é estruturalmente fraco (e ainda mais fraco quando estão em causa grandes poderes) e os clubes dominantes querem continuar a fazer o que lhes apetece em relação aos clubes que controlam. É claro que a Liga tinha de… estranhar!

7 - E é aqui que entra António Salvador, presidente do SC Braga. Que fez aquilo que os regulamentos (NÃO) permitem. Salvador fez aquilo que lhe apeteceu como Varandas já havia feito, com a contratação de Silas. Não se passa nada. Há sempre um Vital ou um Ferro capazes de dar a cara pelos (in)cumprimentos. E a banda segue, enquanto não houver vontade política para pôr cobro a mais esta fantochada. Sim, estamos a falar de fantoches e bonecos articulados, que fazem parte de um sistema que, este sim, coloca em causa, permanentemente, a Verdade Desportiva. A incapacidade de mudar é chocante.

8 - O despedimento de Ricardo Sá Pinto - mesmo com um desempenho fantástico na Liga Europa — estava anunciado. A ‘chicotada’ imposta por Abel Ferreira impunha uma decisão rápida. Uma decisão não amadurecida. E percebe-se agora que Rúben Amorim, para além das suas capacidades, teve sempre altíssimo patrocínio.

9 - Não é fácil, convenhamos, mas António Salvador não conseguiu levar o G-15 para o patamar que o futebol português necessitaria e está a meio da ponte entre os apoios ao Benfica e ao FC Porto.

10 - Os danos da ‘falta de nível’ de Jorge Silas e Rúben Amorim serão sempre inferiores aos danos da falta de nível do dirigismo desportivo. As dependências e as teias não deixam, internamente, o futebol português respirar. Voltarei ao tema. Feliz 2020!


JARDIM DAS ESTRELAS  ** (2 estrelas)

Os tempos de Carvalhal

Notas (e protagonistas) de fim de ano:

ANTÓNIO SALVADOR - Demasiado a meio da ponte. Demasiado ‘jogador’. Quer ficar na história? Então seja mais incisivo sobre aquilo que pretende para o futebol português!

BRUNO FERNANDES - Muito boa a entrevista ao Record. E comece a pensar em tirar o título para ser treinador, porque há duas ‘skills’ que não enganam: liderança e poder de comunicação.

PEDRO RIBEIRO - A honra e a dignidade não valem nada, no futebol em que… ‘vale tudo’?!

CARLOS CARVALHAL - Genuíno, com espírito de futebol positivo, decidiu regressar a Portugal, depois de achar que o oxigénio que armazenou em Inglaterra seria suficiente para respirar, livremente, no futebol português. Não é. Este ambiente na bola indígena é pútrido, venenoso e sufocante. É uma questão de tempo. Ninguém com capacidades fica aqui muito tempo.

JORGE JESUS - Percebeu tarde que Portugal é um grande país mas que há outras realidades para além do Benfica, Sporting ou FC Porto. Foi preciso sair de Portugal para adquirir uma nova dimensão. E ainda estará a tempo de conquistar a… Champions? Dependerá do próximo passo e da capacidade — no mercado - daqueles que o rodeiam.

RÚBEN AMORIM - O ‘nível 4’ ou outro qualquer não oferece aos treinadores competências essenciais ao nível da liderança e da comunicação, e por isso vamos ver até que ponto esta escolha de Salvador não é essencialmente… política. 

O CACTO - Erros graves

Erros gigantescos de arbitragem na Taça da Liga: golo anulado a Piazon (por André Narciso), a prejudicar gravemente o Rio Ave no jogo com o Gil Vicente (VAR precisa-se!), o que desencadeou a reacção atípica de Carlos Carvalhal; expulsão de Bolasie em Portimão, com a agravante da expulsão ter sido resultante de uma descarada e grosseira simulação do jogador Willyan; e, na Taça de Portugal, no FC Porto-Santa Clara, dirigido por Fábio Veríssimo/Luís Ferreira (VAR) falta de Corona no único golo da partida. No caso do jogador do Portimonense, por se tratar de uma questão disciplinar, espera-se que o depoimento de João Pinheiro ajude a repor a verdade: Bolasie despenalizado e… Willyan castigado, por ferir a ética desportiva.
daqui

Isto dá que pensar

Em baixo, um excelente post, já antigo, na página do Facebook de um adepto de futebol que merece ser lido com toda a atenção por todos nós. Continua actualizado. 

 

O FUTEBOL ERA UM DESPORTO DE «GENTLEMEN»

Quando era adolescente, cheguei a ir a alguns jogos integrado numa claque. Chamava-se "Torcida Verde". Era composta de rapazes bem comportados, incapazes de fazer mal a uma mosca, mas mesmo assim a minha ligação manteve-se algo distanciada. 

Era, reconheço, uma ligação egoísta da minha parte. Se ia com o grupo, era porque me dava acesso a bilhetes difíceis de obter de outra forma. 
Numa das deslocações, ao estádio do Rio Ave, assisti ao impensável: elementos de outra claque do meu clube, na ausência de uma claque adversária, resolveram meter-se com a Torcida Verde, essa claque que não fazia mal a uma mosca e, por isso mesmo, praticamente não contava para nada ou não merecia apoio. 

Alguns elementos da Juve Leo colocaram-se à frente do nosso grupo e começaram a fazer a saudação nazi. Quando o líder da Torcida os questionou sobre a atitude (que conotaria a Torcida com movimentos de extrema-direita), os outros jovens agigantaram-se para ele. Ficou claro que eles estavam à procura de violência. Fosse com quem fosse. 

Durante a minha infância e adolescência fui doido por futebol. Ser do Sporting era ser do clube em que o meu avô paterno tinha sido médico. Era ser do clube da faixa da taça das taças que o meu avô recebera e depois me passara, para eu emoldurar e pendurar na parede do meu quarto. Ser de um determinado clube era um orgulho ligado, em muito, a uma tradição familiar. 

Mas também foi nesse período que comecei a ver a outra face do futebol. Assisti ao início e ao agravamento da guerra Norte-Sul e em muitos Sporting-Porto tive de fugir, numa correria pelas arcadas do antigo estádio José Alvalade e pelas ruas adjacentes, às pedradas ou às cargas policiais ou aos grupos de claques que se queriam confrontar. 

Assisti também, ao vivo, à final da taça Benfica-Sporting em que um verylight matou uma pessoa e onde se encarniçou ainda mais uma rivalidade entre os dois clubes lisboetas que já deixara de ser desportiva. Assisti, sem ter consciência disso, à ascensão da doença da clubite e à politização do futebol. Assisti, dando mais conta disso, à transformação de um gosto pelo desporto, numa enxurrada de discursos separatistas e extremados, capazes de despertar raivas, acicatar ódios, gerar brutalidades. Aos poucos, percebi que o legado do meu avô não era aquele. 

Deixei de ir aos estádios, deixei de participar em conversas inflamadas sobre penaltis mal assinalados e golos anulados, praticamente deixei de ver jogos do campeonato nacional na televisão, e até acabei por ceder a faixa de campeão da taça das taças a um dos meus primos. 

Continuei a gostar de ver futebol, mas dediquei-me ao meu clube de bairro, aos jogos da seleção portuguesa, aos campeonatos do mundo e da europa. Os acontecimentos na Academia de Alcochete não surgiram do nada nem têm apenas um só culpado. 

Todas as pessoas que um dia gostaram de futebol e que, no meio da paixão cega pelo seu clube, contribuíram para à febre da clubite, também deviam fazer um exame de consciência. Enquanto outros países resolviam exemplarmente os seus problemas associados ao futebol (veja-se o hooliganismo da Liga Inglesa nos anos 80), em Portugal continuámos a promover divisões e ódios, num assobio para o ar que permitiu a proliferação de episódios violentos, de cânticos aberrantes, de discussões furibundas, de casos de corrupção, ao ponto de as televisões, a esfregarem as mãos de contentes, aumentarem o tempo de antena dos "debates" sobre futebol, de preferência com comentadores cada vez mais ferrenhos e desbocados. 

Eu tive a minha dose de culpa. Tentei expiá-la, afastando-me do mundo corruptor do futebol, capaz de incendiar até os espíritos mais esclarecidos, e procurando não dar mais nenhum contributo para os desvarios incontidos sempre que vinham à baila as rivalidades entre clubes. 

Agora tenho de voltar a esse mundo pantanoso para dizer que me sinto envergonhado e triste, mas também que me sinto revoltado por tudo o que o Estado não fez, por tudo o que os dirigentes continuaram a fazer, por todos os adeptos que pactuaram com comentários e discussões e cânticos que apenas serviram para aprofundar as guerras clubísticas que, neste país dito de brandos costumes, transformaram um jogo bonito e digno numa monstruosidade diária, seja nos canais "informativos", seja nos cafés, seja nos estádios e pavilhões. 

Desengane-se quem pense que isto nasceu agora. Desengane-se quem acha que isto é culpa do futebol e não da forma como as pessoas o vivem. Mas ainda bem que o meu avô, um gentleman que amava o seu Sporting, mas amava sobretudo o desporto, qualquer desporto, tal como amava as artes, qualquer arte, já não tem de assistir a certas barbaridades que conspurcam o que deveria ser uma festa, um convívio, uma diversão. Ambos virámos as costas a esta face negra do futebol português.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Bruno de Carvalho e o 'coice' de um cavalo

Admirava-me era se este artista não se referisse ao presidente do Benfica neste post natalício.
 
Um problema que lhe acompanhou, sempre, enquanto foi presidente desta enorme instituição de nome Sporting Clube de Portugal, foi o clube rival e o seu presidente.
 
Se tivesse se preocupado mais com o seu clube, dentro de portas, hoje, poderia afirmar que tinha sido campeão nacional em 2015/2016.
 
Mas, não...preferiu disparar forte e feito contra o rival da segunda circular, mesmo com 7 pontos de avanço e, depois foi o que se viu no final dessa época - O Benfica foi TRI Campeão!
 
Daí até à tragédia de Alcochete foi um passo, até à sua expulsão foi outro e, agora, é aguardar para que a justiça faça o seu trabalho.


quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

EL MILAN DE CARLO ANCELOTTI

FILHO DE TONI VAI COM JESUALDO PARA O SANTOS

Ainda não tinha aqui abordado a ida de Jesualdo Ferreira para o Santos. 

Uma notícia que me deixa feliz, Jesualdo Ferreira é um treinador da velha guarda, com méritos reconhecidos e poderá encerrar a sua longa carreira com chaves de ouro num clube fantástico. 

Quem acompanha o Professor Jesualdo Ferreira como adjuntos é Rui Águas e também o filho de Toni - António Oliveira. Mais uma aprendizagem para este jovem que poderá ter um bom futuro pela frente. Pelo menos, tem uma coisa boa - é humilde e dá um passo de cada vez. 

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

VAR: Dores de crescimento



 O VAR (Video Assistant Referee) está com as dores de crescimento que já eram esperadas num futebol português que se deixa agitar em discussões estéreis e, aqui e ali, até selvagens e analfabetas.
A falta não assinalada de Cervi num dos golos do Benfica no Bessa, a infração sobre o bracarense Galeno que antecedeu o golo da vitória do Paços e o empurrão de Corona sobre Mamadu na jogada que eliminou o Santa Clara da Taça de Portugal, entre outros casos, parecem até ter convertido muitos dos que olhavam para o uso das novas tecnologias como os judeus encaram o toucinho. Mas é vê-los agora a esmiuçar o protocolo do VAR. Isto enquanto alguns responsáveis do FC Porto e do Benfica repetem querelas milenares, num jogo de espelhos sem-vergonha.

Claro que os referidos erros contrariam a vontade de corrigir os lapsos ou as desatenções do árbitro. Mas se o uso das novas tecnologias chegou para minimizar a percentagem de erros, mais importante do que questionar a honorabilidade de quem está na Cidade do Futebol será ponderar o que pode ser feito para melhorar o seu trabalho. E a mais óbvia continua a ser a necessidade da especialização. Urge criar um quadro estável de vídeo-árbitros, por forma a que os árbitros no ativo não tenham de se dividir nas tarefas e para que se acabe com os constrangimentos, sejam eles reais ou não. E há algo que começa também a ser claro: um ex-árbitro, mesmo que com qualidade inquestionável, não tem necessariamente de reunir todas as condições para ser também um bom vídeo-árbitro. Porque são funções diferentes, que exigem aptidões distintas. E isso é ainda mais verdade, claro, quando se trata de um juiz medíocre.

Mas não se pense que estas polémicas são um exclusivo nosso. Em Espanha, o Real e a imprensa madrilena continuam a protestar os penáltis que, na semana passada, terão ficado por marcar a seu favor no Camp Nou. Na Grécia, o português Vítor Pereira, que é o responsável pela arbitragem grega, tem estado no olho do furacão, acusado de ser um ‘excremento’ pelo inenarrável presidente do Olympiacos. E a revista alemã ‘Kicker’ fez uma pesquisa, em parceria com o Fair Play FC (um clube de adeptos que luta pela integridade do futebol), em que fica claro que apenas 50% dos adeptos germânicos são favoráveis ao vídeo-árbitro, enquanto mais de 40% manifestam o seu voto contrário. Os maiores críticos entendem que o protocolo é mal aplicado, uma parte importante acusa o VAR de retirar as emoções do futebol e há também quem insista que a solução só fará sentido quando os lances polémicos passarem a ser mostrados nos ecrãs gigantes dos estádios. E a verdade é que a Federação Alemã parece estar disposta a seguir, pelo menos, esta última exigência, vontade que me parece ser o caminho inevitável no futuro.

Outra coisa que se nota é a necessidade de uniformização. O vídeo-árbitro já é utilizado, no futebol, em 25 países, isto sem contar com a serventia que lhe é dada pela FIFA e pelas suas confederações nas suas provas. O IFAB (International Football Association Board), que regula as regras, aprovou o protocolo, mas a sua interpretação difere muito de país para país e até de vídeo-árbitro para vídeo-árbitro. Há quem critique por considerar que há excessiva utilização em lances interpretativos (com é, muitas vezes, a demanda sobre se é ou não penálti), até porque o IFAB defende que deve haver "mínima interferência e máximo benefício".

Na Premier League, os vídeo-árbitros parecem respeitar a linhagem do futebol britânico e o protocolo só é aplicado em faltas muito grosseiras e indubitáveis - e, mesmo aí, nem sempre intervém. Os ingleses, recorde-se, não aderiram à moda de imediato, preferindo ir com calma e aproveitar o primeiro ano de implementação para efetuar testes. Nesses ensaios logo entenderam que havia uma demora excessiva no reinício do jogo para perscrutar lances interpretativos. Daí que só em casos muito concretos é que os árbitros vão ver as imagens em câmara lenta. Mas em Portugal até se discute porque não vai o árbitro confirmar se há ou não fora-de-jogo, quando está preestabelecido o contrário.


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Klopp, o dono do Mundo

Jürgen Klopp já era um dos três melhores treinadores do Mundo, mas está a transformar-se numa lenda. Quando foi apresentado, anunciou-se como "the normal one", mas fez o que nenhum dos 21 antecessores havia conseguido em 127 anos: o Liverpool é dono do Mundo.


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Messi vai passar Pelé

Num Barça abúlico, o pequeno argentino continua a vender magia. Vai com 618 golos ao serviço dos catalães, preparando-se para ultrapassar os 643 de Pelé no Santos e bater um recorde com 43 anos. E vem aí mais uma renovação…

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Os voos de Patrício

Continua a retoma do Wolves, que recuperou o sexto posto da Premier League. Mas para a reviravolta e a vitória na casa do Norwich contribuiu a exibição reluzente de Rui Patrício, que fez seis defesas decisivas.

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A lisura de Vítor Oliveira

Diz-se que os treinadores só citam os erros dos árbitros quando são prejudicados. Há, pelo menos, uma exceção: Vítor Oliveira disse não ter visto nenhuma falta sobre o seu guarda-redes no golo anulado ao Rio Ave. Aleluia.

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Sombras sobre Setúbal

O empréstimo de 300 mil euros de um empresário ao V. Setúbal é uma situação surreal e muito duvidosa. Até por ter sido em dinheiro vivo e por haver imagens do momento. E se acrescentarmos a demissão de dez dirigentes (que vão precipitar as eleições), o cenário ainda fica menos natalício.
daqui

Um Santo e Feliz Natal a todos vós!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Dom Carlo Ancelotti

Nada será como dantes no Everton, a chegada deste enormíssimo treinador com contrato por quatro épocas e meia, leva-me a acreditar que os donos do clube tem em mãos um projecto ambicioso. 

Dom Carlo Ancelotti chega a Liverpool com o clube em 15º lugar, apenas 4 pontos acima da linha de água. É um risco enorme, mas este italiano gosta de desafios e o plantel parece-me que lhe dá garantias mais do que suficientes para uma excelente segunda volta. 

Fiquei expectante quando Carlo Ancelotti decidiu ir para Nápoles trabalhar com um presidente louco como De Laurentiis. 


Maurizio Sarri e, especialmente, agora, Gatusso, tem maneiras de estar diferentes de Ancelotti para enfrentar malucos desses, mas, também não imaginava que a 'corda arrebentasse' depois da última jornada da fase de grupos da Champions League, com um apuramento para os oitavos de final digno de registo por parte deste italiano. 

Enfim…, o 'clima' em Nápoles há muito que era irrespirável, uma autêntica rebelião estava instalada no seio do grupo. 

Em baixo, o currículo deste italiano, como jogador e como treinador. Impressionante. 



Como jogador venceu:


2 Campeonatos do mundo de clubes (antiga Taça Intercontinental);
2 Champions League (antiga taça dos campeões europeus);
2 Supertaças Europeias;
3 Campeonatos de Itália;
4 Taças de Itália;
1 Supertaça de Itália.

Como treinador venceu:

2 Campeonatos do mundo de clubes;
3 Champions League (só Zidane, recentemente com o Real Madrid e Bob Paisley já falecido o conseguiram);
3 Supertaças Europeias;
1 Taça Intertoto;
1 Campeonato italiano, uma taça de Itália e uma supertaça de Itália;
1 Campeonato inglês, uma taça de Inglaterra e uma taça da Liga inglesa;
1 Campeonato francês;
1 Taça do Rei de Espanha;
1 Campeonato alemão;
2 Supertaças da Alemanha.

Bardamerda para a maioria dos analistas

  Ansioso para ler e ver o que tem a dizer os 'cientistas da bola', depois de anteontem o Barcelona ter 'empacotado' 8 batat...