Convicção 1: Jorge Jesus vai regressar ao Benfica no final da época, o futuro de Bruno Lage será acautelado, e Vieira reforçará o plantel através de um investimento nunca visto.
Convicção 2: o sucesso de Ruben Amorim terá muito a ver com uma ‘entrada de leão’. Vence em Guimarães e tem fortes possibilidades de voar em Março e Abril (até ir ao Dragão), ganhando asas para redimensionar o projecto de Frederico Varandas.
Vieira está em ano de eleições e já percebeu que Bruno Lage, depois de ter agarrado bem a oportunidade conquistada com muito mérito, não lhe dá tudo aquilo que ele quer: estabilidade nacional e prestígio europeu. Precisa de mudar. Precisa de Jesus para poder voltar a ser ambicioso na Europa. A aposta em Jesus é muito mais ‘garantida’ do que qualquer outra. Repito: em ano de eleições. Vieira não pode deixar de estar a preparar algo de muito impactante e as conquistas realizadas no Brasil ajudam a suavizar a horda dos anti-Jesus.
Vamos por partes.
É normal que a contratação de Rúben Amorim pelo Sporting tenha desencadeado dois tipos de reacção — trata-se, de facto, de uma contratação polémica —, mas confesso estar longe daqueles que observam este ‘golpe’ de Frederico Varandas como uma aposta sem sentido ou mesmo como um acto de gestão danosa.
É um risco? Claro que é um risco.
Rúben Amorim ainda fez pouco como treinador no futebol português, mas fez o suficiente — principalmente no SC Braga — para despertar o interesse entre os principais empregadores. Os resultados obtidos ao serviço dos bracarenses foram a confirmação de que poderia estar ali o próximo ‘grande treinador’ do futebol nacional. Quem viu primeiro, com acção concreta, o potencial de Rúben Amorim, há que dizê-lo, foi António Salvador. Viu mais longe e concretizou aquilo que outros já tinham percepcionado.
Salvador fez o que tinha de fazer, isto é, blindar esse potencial e a previsível cobiça de outros emblemas, colocando no contrato de Amorim uma cláusula de rescisão de 10 M€. Salvador achou que, assim, estaria a salvo de qualquer investida, que ele considerava improvável e admitia não ser viável no quadro do futebol nacional. Salvador estaria seguro e ‘de cavalinho’ e a última coisa que lhe passaria pela cabeça era ser o Sporting — o seu maior concorrente desportivo — a avançar com a… ‘bomba atómica’.
O raciocínio mais lógico é este: como é que um clube como o Sporting, ainda que mais confortável na tesouraria com o produto da venda de Bruno Fernandes, se disponibiliza a pagar 10 M€ por aquilo que consideram ser um ‘projecto de treinador’? Os defensores dessa teoria ajuntam o facto de um treinador não fazer a Primavera, apontando para as necessidades do plantel. Vêem, portanto, o copo meio vazio.
O raciocínio pode ser o mais lógico mas não alcança o espectro de análise no seu todo, e é preciso saber não desprezar outras valências:
1 - Um treinador é uma peça vital na engrenagem de uma estrutura do futebol. Se o treinador não for bom é preciso accionar outro tipo de mecanismos (até marginais) para uma equipa alcançar resultados.
2 - Rúben Amorim é observado, neste momento, como um dos mais promissores treinadores do futebol português (e essa percepção não tem nada a ver com ‘níveis’, uma vez que, se não é vedada a um treinador a faculdade de dirigir treinos e o dia-a-dia da equipa principal, nas suas mais diversas nuances, então tudo o resto não faz o mínimo sentido) .
O preço dos treinadores é algo muito relativo. Rúben Amorim, num estádio muito inicial do seu percurso profissional, foi baratíssimo ao SC Braga, não apenas pelo seu nível salarial (quase metade do que auferia Sá Pinto), mas sobretudo pelo que fez em valorização de jogadores: Trincão, que estava encostado e vai proporcionar um encaixe extraordinário aos minhotos, com a sua ida para o Barcelona; David Carmo é um miúdo que já está na calha para atingir outros voos.
A visão dos treinadores pode ser decisiva na valorização dos activos, e é isso que o perfil de Rúben Amorim indica, sabendo-se que o Sporting pode tirar melhor partido de jogadores com potencial como Plata, Camacho, Jovane, Geraldes e outros ainda pouco visíveis como, por exemplo, Eduardo Quaresma, Nuno Mendes e Nuno Moreira.
Rúben Amorim até pode ficar barato ao Sporting, se conseguir valorizar jogadores e se até Maio somar vitórias, principalmente na primeira deslocação ‘fora’ - a Guimarães.
É claro que a personalidade e o carisma de um treinador podem ser as alavancas motivadoras da mudança, mas também se sabe que, no Sporting, tudo é sempre muito mais difícil. Por isso, o risco também se revela grande para Amorim.
Nesta estória Varandas-Viana-Amorim há muitos ‘handicaps’? Sem dúvida que sim. Não houve gente que viu, primeiro, que Guardiola, Mourinho e Klopp iriam tornar-se grandes treinadores? Ninguém pagou, numa fase embrionária, 10M€ por um treinador em fase primária de afirmação? É verdade. E se Amorim conseguir, no plano desportivo, curar o leão das maleitas principais e valorizar os ‘activos’ do Sporting?…
JARDIM DAS ESTRELAS
**** (4 estrelas)
Rúben Amorim
começa bem
Algumas figuras em foco:
ANTÓNIO SALVADOR - Está a consolidar o seu crescimento como líder do Sp. Braga. Percebe o futebol como todos. A importância da formação; a importância das infra-estruturas; a importância do negócio. Geriu muito bem o ‘negócio-Amorim’, sob o interesse da ‘instituição-Braga’.
CUSTÓDIO - Passa a ser, de repente, o ‘sr. 15 Milhões’. Esta estória das ‘cláusulas de rescisão’ também tem de ser revista — e não apenas a questão dos ‘níveis’ dos treinadores.
FREDERICO VARANDAS - É preciso acreditar muito num treinador (em começo de carreira) para fazer aquilo que o presidente do Sporting fez.
JORGE MENDES - São demasiadas as suspeitas que envolvem operações de transferências e de representação de jogadores e treinadores sob a chancela directa ou indirecta da Gestifute, algumas das quais já foram denunciadas pelo "Football Leaks".
LUÍS FILIPE VIEIRA - Dois meses para tomar grandes decisões. Muita coisa para ganhar ou perder.
"Ó BOI!" - Tudo arquivado. Menos a falta de dignidade dos protagonistas.
RÚBEN AMORIM - Boa apresentação: descontracção, discurso fácil, ambição, convicção. Os jogadores precisam de acreditar no líder. A passagem passa mais depressa. E Amorim parece ter esse poder.
RUI PINTO - Tem um valor acrescido pelo facto de os sistemas de regulação tradicionais não captarem nem capturarem os esquemas ilícitos do futebol, com consequências para os contribuintes, ao nível da fiscalidade. Há muita gente interessada em que Rui Pinto continue detido, e isso é preocupante.
daquiConvicção 2: o sucesso de Ruben Amorim terá muito a ver com uma ‘entrada de leão’. Vence em Guimarães e tem fortes possibilidades de voar em Março e Abril (até ir ao Dragão), ganhando asas para redimensionar o projecto de Frederico Varandas.
Vieira está em ano de eleições e já percebeu que Bruno Lage, depois de ter agarrado bem a oportunidade conquistada com muito mérito, não lhe dá tudo aquilo que ele quer: estabilidade nacional e prestígio europeu. Precisa de mudar. Precisa de Jesus para poder voltar a ser ambicioso na Europa. A aposta em Jesus é muito mais ‘garantida’ do que qualquer outra. Repito: em ano de eleições. Vieira não pode deixar de estar a preparar algo de muito impactante e as conquistas realizadas no Brasil ajudam a suavizar a horda dos anti-Jesus.
Vamos por partes.
É normal que a contratação de Rúben Amorim pelo Sporting tenha desencadeado dois tipos de reacção — trata-se, de facto, de uma contratação polémica —, mas confesso estar longe daqueles que observam este ‘golpe’ de Frederico Varandas como uma aposta sem sentido ou mesmo como um acto de gestão danosa.
É um risco? Claro que é um risco.
Rúben Amorim ainda fez pouco como treinador no futebol português, mas fez o suficiente — principalmente no SC Braga — para despertar o interesse entre os principais empregadores. Os resultados obtidos ao serviço dos bracarenses foram a confirmação de que poderia estar ali o próximo ‘grande treinador’ do futebol nacional. Quem viu primeiro, com acção concreta, o potencial de Rúben Amorim, há que dizê-lo, foi António Salvador. Viu mais longe e concretizou aquilo que outros já tinham percepcionado.
Salvador fez o que tinha de fazer, isto é, blindar esse potencial e a previsível cobiça de outros emblemas, colocando no contrato de Amorim uma cláusula de rescisão de 10 M€. Salvador achou que, assim, estaria a salvo de qualquer investida, que ele considerava improvável e admitia não ser viável no quadro do futebol nacional. Salvador estaria seguro e ‘de cavalinho’ e a última coisa que lhe passaria pela cabeça era ser o Sporting — o seu maior concorrente desportivo — a avançar com a… ‘bomba atómica’.
O raciocínio mais lógico é este: como é que um clube como o Sporting, ainda que mais confortável na tesouraria com o produto da venda de Bruno Fernandes, se disponibiliza a pagar 10 M€ por aquilo que consideram ser um ‘projecto de treinador’? Os defensores dessa teoria ajuntam o facto de um treinador não fazer a Primavera, apontando para as necessidades do plantel. Vêem, portanto, o copo meio vazio.
O raciocínio pode ser o mais lógico mas não alcança o espectro de análise no seu todo, e é preciso saber não desprezar outras valências:
1 - Um treinador é uma peça vital na engrenagem de uma estrutura do futebol. Se o treinador não for bom é preciso accionar outro tipo de mecanismos (até marginais) para uma equipa alcançar resultados.
2 - Rúben Amorim é observado, neste momento, como um dos mais promissores treinadores do futebol português (e essa percepção não tem nada a ver com ‘níveis’, uma vez que, se não é vedada a um treinador a faculdade de dirigir treinos e o dia-a-dia da equipa principal, nas suas mais diversas nuances, então tudo o resto não faz o mínimo sentido) .
O preço dos treinadores é algo muito relativo. Rúben Amorim, num estádio muito inicial do seu percurso profissional, foi baratíssimo ao SC Braga, não apenas pelo seu nível salarial (quase metade do que auferia Sá Pinto), mas sobretudo pelo que fez em valorização de jogadores: Trincão, que estava encostado e vai proporcionar um encaixe extraordinário aos minhotos, com a sua ida para o Barcelona; David Carmo é um miúdo que já está na calha para atingir outros voos.
A visão dos treinadores pode ser decisiva na valorização dos activos, e é isso que o perfil de Rúben Amorim indica, sabendo-se que o Sporting pode tirar melhor partido de jogadores com potencial como Plata, Camacho, Jovane, Geraldes e outros ainda pouco visíveis como, por exemplo, Eduardo Quaresma, Nuno Mendes e Nuno Moreira.
Rúben Amorim até pode ficar barato ao Sporting, se conseguir valorizar jogadores e se até Maio somar vitórias, principalmente na primeira deslocação ‘fora’ - a Guimarães.
É claro que a personalidade e o carisma de um treinador podem ser as alavancas motivadoras da mudança, mas também se sabe que, no Sporting, tudo é sempre muito mais difícil. Por isso, o risco também se revela grande para Amorim.
Nesta estória Varandas-Viana-Amorim há muitos ‘handicaps’? Sem dúvida que sim. Não houve gente que viu, primeiro, que Guardiola, Mourinho e Klopp iriam tornar-se grandes treinadores? Ninguém pagou, numa fase embrionária, 10M€ por um treinador em fase primária de afirmação? É verdade. E se Amorim conseguir, no plano desportivo, curar o leão das maleitas principais e valorizar os ‘activos’ do Sporting?…
JARDIM DAS ESTRELAS
**** (4 estrelas)
Rúben Amorim
começa bem
Algumas figuras em foco:
ANTÓNIO SALVADOR - Está a consolidar o seu crescimento como líder do Sp. Braga. Percebe o futebol como todos. A importância da formação; a importância das infra-estruturas; a importância do negócio. Geriu muito bem o ‘negócio-Amorim’, sob o interesse da ‘instituição-Braga’.
CUSTÓDIO - Passa a ser, de repente, o ‘sr. 15 Milhões’. Esta estória das ‘cláusulas de rescisão’ também tem de ser revista — e não apenas a questão dos ‘níveis’ dos treinadores.
FREDERICO VARANDAS - É preciso acreditar muito num treinador (em começo de carreira) para fazer aquilo que o presidente do Sporting fez.
JORGE MENDES - São demasiadas as suspeitas que envolvem operações de transferências e de representação de jogadores e treinadores sob a chancela directa ou indirecta da Gestifute, algumas das quais já foram denunciadas pelo "Football Leaks".
LUÍS FILIPE VIEIRA - Dois meses para tomar grandes decisões. Muita coisa para ganhar ou perder.
"Ó BOI!" - Tudo arquivado. Menos a falta de dignidade dos protagonistas.
RÚBEN AMORIM - Boa apresentação: descontracção, discurso fácil, ambição, convicção. Os jogadores precisam de acreditar no líder. A passagem passa mais depressa. E Amorim parece ter esse poder.
RUI PINTO - Tem um valor acrescido pelo facto de os sistemas de regulação tradicionais não captarem nem capturarem os esquemas ilícitos do futebol, com consequências para os contribuintes, ao nível da fiscalidade. Há muita gente interessada em que Rui Pinto continue detido, e isso é preocupante.
ResponderEliminarApesar do Sistema que domina o futebol nacional querer nesta altura dividir os Benfiquistas, porque sabem que sem o PLURIBUS UNUM o clube é um adversário muito mais fraco, os números demonstram que o Bruno Lage é o treinador com melhor desempenho médio que passou pelo Benfica nas últimas 12 épocas.
Neste período o Benfica conquistou 899 pontos em 373 jogos, ou seja o rendimento médio dos vários planteis do Benfica tem sido de conquistar 80% dos pontos possíveis. Todos sabemos que o plantel que o Bruno Lage teve a sua disposição nestas 2 épocas não são muito melhores do que os que Rui Vitória ou Jorge Jesus tiveram a sua disposição, mas como se vê o Bruno Lage conseguiu retirar melhor rendimento desses jogadores do que o Rui Vitória ou Jorge Jesus conseguiram.
A grande questão que quem manda no futebol nacional não quer que se saiba é que tem usado o BANDO DOS 5 (Artur Soares Dias, Jorge Sousa, Carlos Xistra, Pedro Proença e Olegário Benquerença) para criar a maior diferença possível em relação ao Benfica. Os 2 clubes tiveram neste período de 12 épocas planteis que conquistaram exactamente os mesmos 899 pontos (80% dos pontos possíveis), ou seja perderam apenas 220 pontos, mas quando analisamos apenas os jogos dirigidos pelo BANDO DOS 5 qualquer pessoa intelectualmente honesta não pode deixar de ficar indignado em saber que só o BANDO DOS 5 conseguiu obrigar o Benfica a perder 117 pontos em 102 jogos, quando nos seus 110 jogos o F. C. Porto garantiram que o F. C. Porto só perdeu 70 pontos. São 47 pontos de vantagem concedidos ao F. C. Porto, meus amigos! Estamos a falar das 2 equipas com o rendimento médio mais semelhantes na nossa Liga.
Agora pergunto, será que esses 47 pontos de diferença terá alguma coisa a ver com os 27 penaltis favoráveis que concederam a mais ao F. C. Porto em relação ao Benfica?
É só tentar ver os números com mais atenção, pois com 27 penaltis até se pode acrescentar mais 54 pontos diretamente (caso todos eles sejam assinalados com o jogo empatado).
O BANDO DOS 5 nestas 12 épocas apitaram aproximadamente o número de jogos equivalentes a 3 campeonatos inteiros, alguém acha que em condições arbitrais normais, é possível haver ocorrer uma diferença de 27 penaltis entre os 2 principais candidatos ao título?
É por ver estes dados que não dá para entender como o BANDO DOS 5 foi nomeado para 19 dos 24 clássicos Benfica - F. C. Porto nas últimas 12 épocas, a não ser que a intenção seja a de garantir nesses jogos os árbitros sempre o arbitro em atividade com os quais o rendimento médio do F. C. Porto tem uma maior vantagem em relação ao do Benfica.
E ainda, há ignorantes que ficam surpresos ao verem que com Jorge Sousa e Artur Soares Dias, o F. C. Porto venceu. Não ponham as culpas no Bruno Lage, com estes árbitros o Benfica sempre perdeu muitos pontos, independentemente do treinador se chamar Bruno Lage, Rui Vitória, Jorge Jesus ou Quique Flores. Quem deve levar os assobios no Estádio da Luz NÃO É O BRUNO LAGE QUE AUMENTOU O RENDIMENTO MÉDIO DO BENFICA PARA 90% MAS SIM O BANDO DOS 5 QUE DIMINUI O RENDIMENTO MÉDIO DO BENFICA PARA 62%!
Veja os 2 seguintes link para perceber o que se passa com a arbitragem em Portugal.
https://influenciaarbitral.blogspot.com/2020/03/bando-dos-5-arbitros-foi-nomeado-para.html
https://influenciaarbitral.blogspot.com/2020/03/bruno-lage-tal-como-foi-jorge-jesus-no.html