Está instalada a polémica entre Rui Santos e Miguel Sousa Tavares.
Em baixo, os artigos em questão publicados no jornal Record e no jornal «A Bola».
O que me deixa na dúvida sobre o título deste post, está nos 'sublinhados do artigo de Rui Santos.
(imagem da minha responsabilidade e... retirada do google)
excerto do artigo de MST
excerto do artigo de RS
NOTA (sobre "JORRAR BENFIQUISMO") - Quando me chamaram a atenção para um envinagrado naco de prosa do Miguel S. Tavares, publicado n'A Bola' de 17/4 , já eu tinha escrito o meu artigo publicado neste jornal faz hoje uma semana. Diz que se deu ao esforço de me telever (podias ser mais original) e se convenceu de que eu deveria ter sido acossado ou 'assustado' (sic) "por uma daquelas claques que não existem" [referindo-se naturalmente às do Benfica].
Em baixo, os artigos em questão publicados no jornal Record e no jornal «A Bola».
O que me deixa na dúvida sobre o título deste post, está nos 'sublinhados do artigo de Rui Santos.
(imagem da minha responsabilidade e... retirada do google)
excerto do artigo de MST
Não é coisa que eu faça muitas vezes, mas no outro dia dei-me ao esforço de assistir a parte do programa do Rui Santos na SIC. E fiquei sinceramente convencido que o rapaz deve ter sido assustado por uma daquelas claques que não existem, de tal maneira ele jorrava um benfiquismo por todos os poros, cuja fonte não lhe conhecia.
Primeiro, fazendo o saldo da jornada e as suas contas reais ao campeonato após o controverso Feirense-Benfica, concluiu que o Benfica levava 10 pontos a menos do que devia relativamente ao FC Porto. Ora, como três dias antes o vira falar em 7 pontos, deduzi que, não só achara limpinha, limpinha a vitória do Benfica na Feira, como achara que o Porto deveria ter perdido 3 pontos na sua pacífica vitória de 2-0 sobre o Boavista: notável! Mas o melhor estava para vir : Rui Santos propôs-se demonstrar, com recurso a tecnologia 3D, e graças a «um trabalho que durou quatro horas», que o golo anulado ao Feirense (e que seria o 2-0), foi mesmo off-side. Um esforço destes, nem a BTV!
E, então, foi assim: a tal câmara virtual de Rui Santos sacou uma madeixa de cabelo ou a ponta do nariz de um jogador do Feirense metido na barreira do Benfica e adiantada a esta, a uns dez metros da baliza, no momento em que o livre lateral é batido. Então este jogador vai cabecear a bola e marcar golo, vindo de off-side, pensei eu?
Não, o jogador não toca na bola. Mas está off-side porque, explica o mestre, é aquele jogador, exactamente, que juntamente com mais uns seis ou sete de ambas as equipas que correm para a baliza, quem vai obstruir a visão do guarda-redes impedindo-o de ver a bola - que, todavia, não vem daquela direcção, mas de um ângulo lateral de 45 graus.
E o juiz-de-linha - que não tem de todo a visão do lance do guarda-redes, mas já tinha tido a genial visão de descortinar a madeixa do jogador do Feirense em off-side - vai concluir que, no meio da molhada é aquele mesmo que obstrói a visão de Vlachodimos, que está a olhar para outro lado. Fiquei estarrecido.
E mais ainda porque antes tinha ouvido Rui Santos fazer uma longa e didáctica prédica sobre os malefícios do «futebol televisivo». E com este, se não me engano, já lá vão três golos anulados a adversários do Benfica por obstrução visual ao seu guarda-redes. Quantos mais pontos é que isso dará nas contas reais?
excerto do artigo de RS
NOTA (sobre "JORRAR BENFIQUISMO") - Quando me chamaram a atenção para um envinagrado naco de prosa do Miguel S. Tavares, publicado n'A Bola' de 17/4 , já eu tinha escrito o meu artigo publicado neste jornal faz hoje uma semana. Diz que se deu ao esforço de me telever (podias ser mais original) e se convenceu de que eu deveria ter sido acossado ou 'assustado' (sic) "por uma daquelas claques que não existem" [referindo-se naturalmente às do Benfica].
Não sei a que horas o Miguel possa ter escrito aquele naco de prosa, mas ele - o naco - tinha todo o ar de ter sido confeccionado tardiamente em vinha-d'alhos, portanto com colorau, banha, vinho branco e vinagre. Só assim se pode justificar a azia e as palavras ácidas e figadais do Miguel. Diz ele que (eu) "jorrava um benfiquismo por todos os poros". Um dos teus problemas, entre outros, caro Miguel, sem me querer aventurar em corredores mais salgados, é que estás sempre a ver magotes a 'jorrar benfiquismo' por todos os lados. Sabes bem - não o ignores - que o mar, para mim, poder ser vermelho, verde ou azul. Não me impressiona nada. Os mares às vezes são navegáveis; outras vezes, não - e isso não tem nada a ver com questões cromáticas. Infelizmente, o futebol português está metido num buraco negro e os chamados 'clubes dominantes' têm todos muitas responsabilidades nisso. O avistamento do Miguel tinha a ver com o facto de a Liga Real assinalar benefícios ao FC Porto de 10 pontos (considerando a contabilidade dos penáltis), o que não é, reconheço, uma coisa muito simpática. Mas o Miguel, que às vezes parece mais do clube dos roxos do que dos azuis, ignora que essa contabilidade, noutras épocas, já deu conta de prejuízos do FC Porto e ignora olimpicamente a minha apreciação sobre a 'benfiquização do sistema' que o clube do Dragão está agora a tentar contrariar. Portanto, meu caro Miguel, eu sei que gostas muito de ir à caça de uma boa polémica, mas neste caso, o produto da tua caçada não vai além de uma… codorniz. Isto para dizer que te considero muito em quase todas as áreas, menos na do futebol. Comparas muitas vezes javalis a galinholas e nisso estou com o… Herrera. Não me leves a mal. O 'rapaz' é muito jovem.
"Um tolo tem sempre outro que o admira". Como diria o meu avô na sua sabedoria popular !...
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